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Israel inicia ofensiva em solo contra Gaza após dias de ataques aéreos

Horas depois, o exército de Israel falou em “falha na comunicação interna” e afirmou que se juntou aos ataques em Gaza, mas não invadiu

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Israel bombardeia prédio em Gaza
1 de 1 Israel bombardeia prédio em Gaza - Foto: HATEM MOUSSA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Depois de dias de guerra de mísseis, foguetes e ataques aéreos entre Israel e os palestinos, os militares israelenses informaram, nesta quinta-feira (13/5), que tropas terrestres começaram a ofensiva em solo contra a Faixa de Gaza. Até então, ao menos 100 pessoas foram mortas desde que a violência se agravou na segunda-feira (10).

“As tropas aéreas e terrestres [das Forças de Defesa de Israel] estão atacando atualmente na Faixa de Gaza”, disseram os militares em um comunicado via Twitter logo após às 18h, horário de Brasília, sem mais detalhes.

Horas depois, o exército de Israel falou em “falha na comunicação interna” e afirmou que se juntou aos ataques em Gaza, mas não houve incursão. “Atualmente não há tropas terrestres dentro da Faixa. Forças aéreas e terrestres estão realizando ataques contra alvos na Faixa de Gaza”, informou a corporação ao jornal Times of Israel.

Ainda segundo o jornal, no entanto, houve ordem para que todas as pessoas que vivam em um raio de quatro quilômetros da fronteira se dirijam aos abrigos antibomba.

Pouco depois, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também usou as redes sociais para falar sobre o assunto. “Eu disse que cobraríamos um preço muito alto do Hamas. Fazemo-lo e continuaremos a fazê-lo com grande intensidade. A última palavra não foi dita e esta operação continuará enquanto for necessário”.

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Israel bombardeia prédio
A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes palestinos no local sagrado
Forças de segurança israelenses e palestinos entram em confronto
Homens carregam um ferido durante confronto entre as forças de segurança israelenses e palestinos em frente à Mesquita Cúpula da Rocha, no complexo da Mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em Israel
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Pelo menos 300 palestinos ficaram feridos nos confrontos

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A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes palestinos no local sagrado

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Forças de segurança israelenses e palestinos entram em confronto

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Homens carregam um ferido durante confronto entre as forças de segurança israelenses e palestinos em frente à Mesquita Cúpula da Rocha, no complexo da Mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em Israel

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Conflito

Nos últimos dias, centenas de pessoas ficaram feridas e dezenas morreram após palestinos e policiais israelenses entrarem em confronto devido a manifestações contra o despejo de famílias da capital – Nahalat Shimon.

Ao menos 49 palestinos – entre eles, 13 crianças – e seis israelenses morreram. Israel realizou também vários ataques aéreos na Faixa de Gaza, derrubando um prédio de 13 andares, e o Hamas disparou foguetes contra Tel Aviv.

O conflito se iniciou nas vésperas do Dia de Jerusalém. A parte oriental da capital está no centro da disputa. Israel defende que toda a cidade pertence ao país. Já os palestinos reivindicam a região como futura capital de um Estado independente.

“Nós já assinamos um acordo com Israel em 1993. Já faz 28 anos que estamos esperando que Israel cumpra esse acordo”, afirma o embaixador palestino.

O pacto citado pelo diplomata é o Acordo de Oslo, que foi assinado entre o então primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, o líder palestino Yasser Arafat e o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, no pátio da Casa Branca.

Israel e Palestina acordaram que a maioria dos territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias a oeste do Rio Jordão seria devolvida aos palestinos.

“Israel ocupou a parte palestina e tratou de unificar os dois lados. A nossa capital é um território ocupado. Israel está dando as costas a tudo o que disse”, assinalou o embaixador.

“Nós consideramos que isso é uma agressão israelense premeditada contra a Palestina, que começou em Jerusalém, contra todo o povo palestino. Eles dizem que querem a paz, mas querem a paz do cemitério. A solução é clara: Israel tem de cumprir o direito internacional; são dois Estados para dois povos”, prosseguiu.

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