Israel diz que forças de paz da ONU são “escudo para o Hezbollah”
Ministro da Infraestrutura de Israel afirmou que a Unifil “não contribui, em nada, para manter a establidade e a segurança da região”
atualizado
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Após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedir nesse domingo (13/10) em telefonema ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a retirada das forças de paz da ONU no sul do Líbano e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), recusar-se a sair da região, o ministro da Infraestrutura de Israel, Eli Cohen, acusou a organização de atuar como “escudo para o Hezbollah”.
Eli Cohen usou sua conta na rede social X para afirmar que Israel não busca prejudicar as forças de paz, mas que elas não contribuem, em nada, para manter a establidade e a segurança da região.
“O Estado de Israel não está interessado em prejudicar as forças da Unifil. No entanto, essas forças não contribuíram em nada para manter a estabilidade e a segurança na região, não garantiram a aplicação das resoluções da ONU e servem como escudo para o Hezbollah, uma organização terrorista e um representante iraniano. Secretário-Geral da ONU Guterres, é hora de você responder ao pedido enviado a você: remover a Unifil das áreas de conflito e parar de jogar nas mãos do Irã”, escreveu Cohen.
Bejamin Netanyahu destacou que Israel solicitou diversas vezes que a Unifil se retirasse da região, sob o argumento de que a presença da missão de paz tinha “o efeito de fornecer escudos humanos aos terroristas do Hezbollah”.
“Sua recusa em retirar os soldados da Unifil faz com que eles se tornem reféns do Hezbollah. Isso os coloca em perigo, assim como as vidas de nossos soldados. Lamentamos o mal causado aos soldados da Unifil e fazemos o máximo para evitar isso. Mas, a maneira mais simples e óbvia de assegurar isso é simplesmente retirá-los da zona de perigo”, disse o primeiro-ministro.
Recusa da ONU
A Unifil, no entanto, rejeitou todos os apelos israelenses para deixar suas posições no sul do Líbano.
“Houve uma decisão unânime de permanecer, por que é importante que a bandeira da ONU ainda tremule alto nessa região, e para podermos relatar os fatos ao Conselho de Segurança”, afirmou Andrea Tenenti, porta-voz da Unifil.