Israel diz que fará o “necessário” para se defender após ataque do Irã
Porta-voz militar de Israel diz que bombardeio com drones foi “golpe direto com danos menores”, enquanto embaixador cobra ONU
atualizado
Compartilhar notícia
O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, confirmou o ataque direto do Irã e que a base aérea de Nevatim também se tornou alvo de mísseis balísticos. Porém, observou que a ação causou apenas “pequenos danos à infraestrutura” e que uma jovem ficou ferida.
Nas palavras dele, drones e mísseis de cruzeiro vindos do Irã acabaram interceptados antes de entrarem no espaço aéreo do país israelita, assim como a maioria dos 120 mísseis balísticos.
“Mísseis balísticos, apenas um pequeno número. De um dígito. Caíram na base e ao redor. Um golpe direto com danos menores que não afeta em nada o funcionamento da base”, explicou Hagari.
Segundo o militar, além da jovem atingida por estilhaços, não houve relatos de danos ou ferimentos graves. Mesmo assim, definiu o ataque como “fator de escalada” e que há planos para uma resposta ofensiva.
“Temos planos, a situação ainda está em curso. Estamos avaliando a situação, mostrando os planos ao gabinete e estamos prontos para fazer o que for necessário para a defesa”, apontou. Ainda neste domingo (14/4), o conselho de guerra do país vai se reunir para decidir se responderá da mesma forma.
E voltou a elogiar o sistema de defesa do país. “Quero que você me mostre outro país que enfrenta mais de 110 mísseis balísticos e drones. Acho que o Irã pretendia obter resultados e não obteve resultados”, definiu.
Israel exige resposta da ONU
Com ou sem resultados, o embaixador do país na ONU, Gilad Erdan, enviou carta para o Conselho de Segurança da ONU, pediu uma reunião extraordinária e exigiu uma resposta do órgão.
“Esta noite, enviei uma carta urgente ao presidente do Conselho de Segurança. Apelei ao Conselho para que realizasse uma reunião de emergência e exigi que condenassem o ataque do Irã a Israel e designassem o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista”, escreveu.
Segundo ele, o ataque “constitui uma grave ameaça à paz e à segurança globais e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã”.
Em outra postagem, ele mostrou o que seria a defesa contra drones e mísseis que atingiriam a mesquita Al-Aqsa. “Para o regime assassino do aiatolá, assassinar israelenses é mais importante do que salvaguardar locais sagrados islâmicos. A ONU deve agora condenar clara e inequivocamente o ataque iraniano a Israel”, publicou.
O estopim para a ofensiva de Teerã foi um bombardeio contra a embaixada iraniana em Damasco, na capital da Síria, que deixou mais de uma dezena mortos. Entre as vítimas, está um general da Guarda Revolucionária do Irã e um comandante das Forças Quds. O ataque foi atribuído à gestão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que nega envolvimento na ação.