Israel deve aprovar acordo de cessar-fogo com Líbano
Segundo o acordo, as IDF sairiam totalmente do sul do Líbano, e o Hezbollah retiraria as suas armas pesadas da fronteira israelense
atualizado
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A guerra entre Israel e Hezbollah pode chegar a um fim com a aprovação do plano de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos. Nesta terça-feira (26/11), o gabinete de segurança de Israel deve se reunir para decidir sobre o acordo com o Líbano, após mais de um ano de conflito.
O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, está trabalhando, há vários meses, em um acordo para Israel e Hezbollah como forma de conter a disseminação da guerra de Gaza.
A proposta foi modelada a partir de cessar-fogo responsável por encerrar a última grande guerra entre Israel e Hezbollah, em 2006. À época, o acordo contava com a retirada de Israel e do Hezbollah da zona entre o Rio Litani, na fronteira entre Israel e Líbano. No entanto, ele nunca foi totalmente implementado.
O acordo atual propõe que as Forças de Defesa de Israel (IDF) saiam completamente do sul do Líbano e que o Hezbollah retire armas pesadas localizadas no norte do Rio Litani, a cerca de 25 km da fronteira israelense.
Além disso, no decorrer da fase inicial de transição, com duração de 60 dias, o exército libanês se moveria para fornecer segurança na zona de fronteira ao lado de uma força de paz da ONU existente.
Segundo o plano de cessar-fogo, os EUA liderariam um comitê internacional de monitoramento composto por cinco países que atuariam como árbitro em violações.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, anunciou, nessa segunda-feira (25/11), que o acordo articulado pelo governo Biden ainda não havia sido finalizado.
“Ainda há algum processo, coisas que eu acho que eles estão trabalhando. Acreditamos que a trajetória disso está indo em uma direção muito positiva. Mas nada é feito até que tudo seja feito. Nada é negociado até que tudo seja negociado”, disse John Kirby.
Apesar de o Hezbollah não ter participado diretamente das negociações, o governo libanês garantiu que a milícia xiita cumpriria os termos do acordo.