Israel demite dois militares por morte de 7 integrantes de ONG em Gaza
As Forças Armadas de Israel disseram em relatório que o ataque foi “um grave erro” e prometeu garantir a segurança das agências humanitárias
atualizado
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Dois militares israelenses acusados de atacar e matar sete trabalhadores de ajuda humanitária em Gaza, na segunda-feira (1°/4), foram demitidos nesta sexta-feira (5/4). Outros dois acabaram repreendidos.
Segundo o relatório de investigação interna, os militares confundiram os integrantes da ONG com terroristas armados do Hamas. As Forças Armadas de Israel classificaram o ataque como “um grave erro decorrente de uma falha grave devido a uma identificação equivocada”.
Após a conclusão do relatório, o Exército israelense afirmou ter demitido o comandante do apoio de fogo da brigada, repreendido outros comandantes e destituído o chefe do Estado-Maior da brigada responsável pela operação.
Israel declarou que considera a atividade das agências humanitárias em Gaza “de vital importância” e prometeu garantir a segurança delas. “Levamos a sério o grave incidente que ceifou a vida de sete trabalhadores humanitários inocentes. Expressamos o nosso profundo pesar pela perda e enviamos as nossas condolências às famílias e à organização WCK”, destacou no relatório.
De acordo com a ONG norte-americana World Central Kitchen, entre as vítimas estão três britânicos, um palestino, um cidadão americano-canadense, um australiano e um polonês.
A WCK rejeitou as conclusões do relatório feito por Israel e exigiu investigação independente.