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Israel declara Lula “persona non grata” após comparação com Holocausto

“Não perdoaremos nem esqueceremos”, disse o chanceler Israel Katz, após fala de Lula que comparou a guerra na Faixa de Gaza ao Holocausto

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Lula discursa no Egito
1 de 1 Lula discursa no Egito - Foto: Reprodução/YouTube

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou nesta segunda-feira (19/2) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “persona non grata” no país até que faça retratações. A declaração do diplomata repercutiu, mais uma vez, a fala do presidente da República no domingo (18/2), quando o mandatário comparou o desastre humanitário em Gaza ao Holocausto.

“Não perdoaremos nem esqueceremos. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao presidente Lula que ele é ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se retrate de suas palavras”, afirmou o diplomata em publicação no X — antigo Twitter.

A fala do presidente Lula abriu uma crise diplomática entre os dois países. Além do posicionamento público, o governo de Israel mudou o protocolo para encontros com diplomatas e representantes de nações estrangeiras.

A reunião com o embaixador do Brasil em Israel foi marcada no museu do Holocausto, em Jerusalém. Normalmente, o encontro aconteceria no Ministério das Relações Exteriores.

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Chanceler de Israel, Israel Katz
Lula na Etiópia
Palestinos deslocados esperam para coletar alimentos em um ponto de distribuição perto de uma escola que virou abrigo em Gaza
Acampamento ao lado da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito: Rafah é alvo da ofensiva de Israel
Em 7 de outubro, o grupo Hamas lançou um ataque-surpresa contra Israel a partir de Gaza, por terra, mar e ar, matando mais de 1.300 pessoas e ferindo cerca de 2.800
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Lula virou "persona non grata" em Israel após discurso no Egito

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Palestinos deslocados esperam para coletar alimentos em um ponto de distribuição perto de uma escola que virou abrigo em Gaza

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Acampamento ao lado da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito: Rafah é alvo da ofensiva de Israel

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Em 7 de outubro, o grupo Hamas lançou um ataque-surpresa contra Israel a partir de Gaza, por terra, mar e ar, matando mais de 1.300 pessoas e ferindo cerca de 2.800

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Famílias palestinas fogem pela estrada costeira que leva a Rafah, saindo da periferia sul de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em meio a batalhas contínuas entre Israel e o Hamas

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Israel havia convocado embaixador brasileiro para reprimenda

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um forte pronunciamento contra as palavras de Lula e avisou ter chamado o embaixador brasileiro no país para uma reunião. Depois Katz detalhou que fará uma reprimenda a Frederico Meyer nesta segunda-feira (19/2), no Museu do Holocausto Yad Vashem.

O próprio diretor do Museu do Holocausto, Dani Dayan, criticou duramente Lula. “Comparar um país que luta contra uma organização terrorista e assassina com as ações dos nazistas no Holocausto é digno de toda condenação. É triste que o presidente do Brasil tenha descido a tal nível de distorção extrema do Holocausto”, afirmou Dayan.

A ofensiva na Faixa de Gaza começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas invadiu o sul do país, matou cerca de 1.140 civis e militares e fez centenas de reféns. Por outro lado, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza diz que 28.775 palestinos foram mortos, enquanto 68.552 acabam feridos pela retaliação israelense.

O que Lula falou sobre Israel

Um dia após se reunir com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou os ataques à Faixa de Gaza ao massacre promovido por Hitler contra judeus no século XX. A declaração foi dada neste domingo (18/2), em coletiva de imprensa, ao encerrar o giro do presidente brasileiro pela África.

Questionado sobre a suspensão recente de ajuda humanitária aos palestinos, chamou o que classificou de “mundo rico” de “essa gente” e rebateu: “Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que, na Faixa de Gaza, não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”.

Segundo ele, não é uma guerra entre soldados e soldados, mas “uma guerra de um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”. “Se teve algum erro nessa instituição que recolhe dinheiro, puna-se quem errou, mas não suspenda a ajuda humanitária para o povo que está, há tantas décadas, tentando construir o seu Estado.”

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.”

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