Israel bombardeia Líbano em resposta a foguetes disparados do país
Ataques de Israel ocorrem em meio às tensões sobre ações policiais contra palestinos na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém
atualizado
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O Exército de Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira (6/4) contra o sul do Líbano após interceptar foguetes lançados do território palestino. Em meio a tensões no país, nessa quarta-feira (5/4), a polícia israelense atacou dezenas de fiéis na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
No Twitter, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que os foguetes foram lançados da Faixa de Gaza e que o país irá retaliar qualquer ataque contra a população e os soldados israelenses.
“Hoje visitei a bateria do Domo de Ferro estacionada no sul do país e conversei com os combatentes que interceptaram os foguetes lançados esta noite da Faixa de Gaza. Iremos atacar qualquer um que tentar nos prejudicar e cobraremos um alto preço para eles se arrependerem de qualquer ação contra cidadãos israelenses e soldados das FDI”, escreveu Yoav Gallant.
ביקרתי היום בסוללת כיפת ברזל המוצבת בדרום הארץ ושוחחתי עם הלוחמים והלוחמות שיירטו את הרקטות ששוגרו הלילה מרצועת עזה.
נכה בכל מי שינסה לפגוע בנו ונגבה ממנו מחיר כבד שיגרום לו להצטער על כל פעולה נגד אזרחי ישראל וחיילי צה״ל. pic.twitter.com/rkwvtPjsqc
— יואב גלנט (@yoavgallant) April 5, 2023
A Agência Nacional de Informações divulgou que a artilharia israelense disparou “vários projéteis de suas posições na fronteira” contra duas cidades localizadas no sul do Líbano. Segundo o governo de Israel, o ataque acontece em resposta aos “vários foguetes do tipo Katyusha” lançados do país vizinho.
O Exército do Líbano declarou ter localizado vários foguetes que estariam preparados para lançamento no sul do país.
Tensões em Israel
A polícia de Israel atacou centenas de fiéis mulçumanos na mesquita de Al-Aqsa, localizada na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, nessa quarta-feira (5/4). A retaliação aconteceu na véspera do Pessach, a Páscoa judaica, e durante às celebrações do Ramadã muçulmano.
Segundo as forças de segurança de Israel, a operação era uma preparação para a chegada dos fiéis judeus que iria acontecer no dia seguinte no local.
Segundo o canal árabe Al Jazeera, os palestinos realizavam rezas durante a noite, tradicional no Ramadã, quando os agentes de segurança chegaram e pediram a saída dos fiéis ou eles seriam retirados por meio da força.
A imprensa local destaca que os jovens decidiram permanecer na mesquita e foram alvos de bombas de gás lacrimogêneo e mais de 350 palestinos foram detidos na operação.