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Em meio ao temor de guerra, Israel avança contra o Hezbollah no Líbano

Governo de Israel iniciou a semana com uma serie de bombardeios contra o Hezbollah, no Líbano, que deixou 492 mortos e centenas de feridos

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Imagem colorida mostra membros do Hezbollah com os braços levantados - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra membros do Hezbollah com os braços levantados - Metrópoles - Foto: Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images

Em meio ao temor de que uma nova guerra exploda no Líbano, o governo de Israel intensificou os ataques contra posições do Hezbollah no país e aumentou, ainda mais, a tensão no Oriente Médio.

De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas foram mortas durante os bombardeios israelenses nessa segunda-feira (23/9). O ataque é o maior desde outubro de 2023, quando Israel e Hezbollah passaram a trocar agressões através da fronteira.

O chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, anunciou que os ataques miraram a “infraestrutura de combate que o Hezbollah” construiu nos últimos vinte anos. Ele ainda afirmou que os bombardeios fazem parte de um plano do exército israelense, que deve se estender para as “próximas fases” em breve.

Ao todo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) dizem ter atacado 1,3 mil alvos do Hezbollah no Líbano.

“Como parte dos ataques, os alvos eram mísseis de cruzeiro com alcance de centenas de quilômetros, mísseis pesados com ogivas de cerca de 1.000 quilos, mísseis de curto alcance e veículos aéreos não tripulados”, declarou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.

A ofensiva israelense contra o grupo xiita surge em meio a movimentação militar, e a declarações de autoridades, que indicam a possibilidade de uma invasão terrestre contra o Líbano.

Na última semana, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ordenou que tropas fossem deslocadas para a fronteira libanesa. Dias antes, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia anunciado uma expansão das operações no Líbano.

Segundo o governo de Israel, a medida seria para garantir a segurança e o retorno de cidadãos israelenses que foram obrigados a deixar o norte do país após o Hezbollah iniciar, em outubro de 2023, uma série de ataques contra a região em apoio ao Hamas.

O novo bombardeio contra o grupo islâmico aconteceu após o Hezbollah atacar o território israelense, no último domingo (22/9), com cerca de 150 mísseis e drones. A maioria deles foram interceptados pelo sistema de defesa aéreo do país liderado por Benjamin Netanyahu. A ação foi uma retaliação a morte de 10 comandantes da organização xiita, em um bombardeio na última semana.

Escalada

A escalada de violência entre Israel e Hezbollah ganhou novos capítulos desde a última semana, quando o grupo xiita foi alvo de ataques com pagers e walkie-talkies explosivos. Durante as ações, ainda cercadas de incertezas, 32 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

Os ataques contra o grupo xiita surgem após meses de ameaças do governo israelense, que sinaliza desde os primeiros meses do ano a possibilidade de um conflito direto com o Hezbollah, no Líbano.

Apesar de baixas importantes, como a de 10 comandantes militares do grupo na última sexta-feira (20/9), o Hezbollah indica que não deve recuar caso Israel lance uma ofensiva terrestre contra o Líbano, dezoito anos depois da guerra no país em 2006.

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