Israel ataca a casa de líder do Hamas em Gaza, mas ele estava no Catar
Nessa quarta-feira (15/11), Israel já indicou que não irá seguir a resolução de cessar-fogo proposta pelo Conselho de Segurança da ONU
atualizado
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As Forças de Israel (IDF) anunciaram um ataque aéreo à casa de um dos líderes políticos do grupo Hamas, Ismail Haniyeh, na noite dessa quarta-feira (15/11), em Gaza. Contudo, a casa estaria desabitada. Haniyeh vive há três anos em Doha, no Catar, onde também tem residência. Veja o momento do bombardeio:
Overnight, IDF fighter jets struck the residence of Ismail Haniyeh, the Head of Hamas’ Political Bureau.
The residence was used as terrorist infrastructure and a meeting point for Hamas’ senior leaders to direct terrorist attacks against Israel. pic.twitter.com/kljYYN6O0U
— Israel Defense Forces (@IDF) November 16, 2023
No vídeo, é possível observar o momento em que um alvo, uma casa no norte da Faixa de Gaza, é atingido por um bombardeio de Israel e, logo em seguida, uma grande explosão toma conta da região. O IDF afirmou que a casa era usada como uma “base terrorista”, além de ser um ponto de encontro para oficiais do grupo Hamas.
Haniyeh lidera o grupo Hamas há seis anos. Ainda não foram encontradas declarações suas sobre o assunto.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nessa quarta, uma resolução de cessar-fogo, para frear o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. O governo israelense, porém, indicou que seguirá com a guerra, ao não adotar as pausas humanitárias previstas no texto enquanto o grupo extremista não libertar os reféns que fez nos ataques de 7 de outubro.
A Organização das Nações Unidas (ONU) se disse “horrorizada” pela operação militar de Israel, que mirou o maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, ainda nessa quarta. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou que a instituição perdeu, de novo, contato com a equipe que se encontra no hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de uma operação das forças de Israel desde a terça-feira (14/11).
A ofensiva de Israel no local ainda teria sido condenada também pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Por meio de comunicado, a entidade afirmou que todos estão “extremamente preocupados com o impacto para os pacientes e feridos, profissionais da saúde e civis”.
Algumas horas depois de o Exército de Israel confirmar operação no maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, as Forças de Defesa do país (IDF) afirmaram ter abatido cinco membros do grupo Hamas em confrontos no local.