Israel aproveita queda de Assad e destrói capacidade militar da Síria
O governo de Israel confirmou ter realizado uma série de bombardeios contra o território da Síria, que miraram a capacidade militar do país
atualizado
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O governo de Benjamin Netanyahu confirmou ter destruído estoques de armas na Síria. O país vive uma tensa transição após a queda do ditador Bashar al-Assad no último fim de semana. A declaração foi publicada nesta terça-feira (10/12) pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
Segundo o exército israelense, a decisão foi baseada em garantir que tais armas não caíssem nas mãos de “elementos terroristas” depois de grupos jihadistas colocarem um fim a dinastia Assad na Síria.
“Nas últimas 48 horas, as FDI atacaram a maioria dos estoques de armas estratégicas na Síria, evitando que caíssem nas mãos de elementos terroristas”, disseram as FDI em um comunicado.
Ao todo, a força aérea de Israel realizou mais de 350 ataques contra o território sírio desde o último domingo (8/12). A estimativa é de que 130 ativos militares na Síria, como depósitos de armas, estruturas militares e posições de tiro, tenham sido alvejados durante os bombardeios.
Além disso, a fronta marítima da Síria também foi alvo da operação. As FDI afirmam que duas instalações da Marinha Síria, onde 15 navios estava atracados, foram atacadas.
Sob ordens de Netanyahu, forças de Israel começaram a agir militarmente na Síria horas após a queda de Assad. Tropas foram instruídas a ocupar regiões de uma zona desmilitarizada nas Colinas de Golã, território sírio ocupado por israelenses desde a década de 1960.
A justificativa é de que a ascenção de jihadistas ao poder forçou Israel a criar uma especie de zona tampão para garantir a segurança de seu território. Apesar da explicação, há relatos de ataques israelenses em áreas longe da região, chegando próximo a capital Damasco.