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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu com líderes da comunidade local e informou que Israel não deixará o ataque que matou 11 civis, incluindo crianças, neste sábado (27/7), “sem resposta”. Netanyahu responsabiliza o Hezbollah, que nega a autoria, e diz que o grupo “pagará um alto preço, um preço que nunca pagou antes”.
O comunicado foi emitido pelo gabinete do primeiro-ministro.
O ataque, com um foguete, aconteceu em um campo onde as vítimas jogavam futebol, em uma área ocupada das Colinas de Golã, no vilarejo de Majdal Shams. De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Danial Hagari, 11 crianças e jovens foram mortos. Ao menos, outras 19 pessoas ficaram feridas. As vítimas tinha entre 10 e 20 anos.
Majdal Shams, habitada por drusos, está localizada na fronteira do norte de Israel com o sul do Líbano e, também, com a Síria. Muitos residentes mantêm a nacionalidade síria, mais de meio século após a ocupação das Colinas de Golã por Israel durante a guerra árabe-israelense de 1967.
Os moradores dessa área podem estudar e trabalhar em Israel, mas não têm direito de voto.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou, por sua vez, que o Hezbollah “assassinou crianças” nesse ataque. “Terroristas do Hezbollah atacaram e assassinaram brutalmente crianças hoje, aquelas cujo crime foi sair para jogar futebol. Elas não voltaram”, declarou Herzog em comunicado.
UE condena novo ataque israelense
Um bombardeiro israelense contra uma escola deixou pelo menos 30 mortos e mais de 100 feridos neste sábado (27/7) no centro de Gaza. Segundo a agência de Defesa Civil do território palestino, a escola abrigava quase 4 mil pessoas deslocadas que buscaram refúgio no local. O Exército Israelense declarou que a operação visou “terrorista”.
Ao tomar conhecimento do ataque, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, defendeu uma “solução política” para acabar com a “loucura” na Faixa de Gaza. “Um cessar-fogo deve ser estabelecido agora. O direito humanitário internacional deve ser respeitado. A assistência humanitária aos civis deve ser prestada em grande escala. Só uma solução política pode acabar com esta loucura”, disse Borrell na rede social X.
Desde o início da guerra, a maioria dos 2,4 milhões de residentes da Faixa de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez, e muitos procuraram abrigo em escolas.
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