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Israel acusa Hamas de quebrar acordo e volta a atacar Gaza

Com o fim da trégua, Israel fez ataques aéreos ao território palestino. Ministro do país fala em “esmagar Gaza” e “destruir o Hamas”

atualizado

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Ataque de Israel à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo ONU
1 de 1 Ataque de Israel à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo ONU - Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

O cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas acabou no sexto dia. E já nesta sexta-feira (1º/12) os ataques israelenses recomeçaram na Faixa de Gaza. De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Hamas não concordou em libertar mais reféns, como o combinado. Assim, infringiu os termos da trégua, e a guerra continuou.

De acordo com o gabinete de Netanyahu, o Hamas não libertou todas as mulheres que eram reféns e ainda lançou foguetes contra Israel.

“Com o recomeço dos combates, enfatizamos que o governo israelense está empenhado em alcançar os objetivos da guerra: libertar os nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca representará uma ameaça para os residentes de Israel”, postou o gabinete do primeiro-ministro.

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Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
Netanyahu fala com militares israelenses
Nuvem de fumaça após bombardeio na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza
Palestino tenta apagar focos de incêndio após bombardeio em Khan Yunis
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A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023

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Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza

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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

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Netanyahu fala com militares israelenses

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Nuvem de fumaça após bombardeio na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza

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Palestino tenta apagar focos de incêndio após bombardeio em Khan Yunis

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Vista da destruição no campo de refugiados de Nuseirat, na cidade de Gaza

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Já o Hamas diz que Israel não aceitou proposta para libertar mais prisioneiros e os cadáveres de uma família israelense morta em ataques aéreos do país. Em comunicado, o grupo afirmou que os israelenses recusaram “todas estas ofertas porque tinham [tomado] decisão prévia de retomar a sua agressão criminosa contra a Faixa de Gaza”.

Assim, cerca de 30 minutos após o fim do cessar-fogo, às 7h30 do horário local (2h30, horário de Brasília), Israel iniciou um ataque aéreo no sul de Gaza, em locais como a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis. Uma casa a noroeste da Cidade de Gaza também foi atingida.

Da fronteira, era possível ouvir explosões e ver uma fumaça preta saindo da área de Gaza.

Por outro lado, em Israel, sirenes para aviso de bombas foram acionadas, dando a entender que o Hamas também recomeçou seus ataques.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 14 palestinos acabaram mortos nesse retorno de ataques aéreos. O site Al Jazeera falou em seis mortos em Rafah e  Khan Younis, além de sete vítimas na área de Maghazi.

Antes dos ataques, há a distribuição de panfletos pedindo que moradores civis de certas áreas de Khan Younis deixem suas casas.

Ministro de Israel fala em “destruir o Hamas”

Ao mesmo tempo, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, postou no X (antigo Twitter) que os militares voltaram com força total à guerra.

“Pelo bem das crianças que ainda não voltaram, pelos assassinados que não voltarão mais, para que os horrores de 7/10 nunca mais voltem, devemos regressar e esmagar Gaza com todas as nossas forças, destruir o Hamas e regressar à Faixa, sem compromissos, sem acordos, na potência máxima”, escreveu.

O conflito começou no dia 7 de outubro, quando cerca de 3 mil membros do grupo extremista invadiram o território israelense, mataram aproximadamente 1.200 civis e militares e sequestram mais de 240 pessoas. Um acordo de cessar-fogo foi anunciado para troca de reféns e entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas as partes não renovaram a trégua.

As negociações mediadas pelo Catar e pelo Egito continuam. De acordo com a agência de notícias Reuters, os mediadores continuam em contato com os dois lados. O presidente israelense, Isaac Herzog, foi visto conversando com o emir do Catar, xeque Tamim, na COP28.

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