Israel: 32 americanos morreram em ataques e 11 seguem desaparecidos
Governo dos EUA não revelou quantos cidadãos que estavam em Israel são reféns, mas disse ser prioridade de Biden assegurar sua libertação
atualizado
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Trinta e dois norte-americanos morreram em Israel e 11 seguem desaparecidos desde o recomeço do conflito armado entre o país do Oriente Médio com o grupo extremista Hamas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19/10) pelo porta-voz do departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller.
O porta-voz não revelou quantos cidadãos norte-americanos estão em situação de refém pelo Hamas, mas disse ser prioridade do governo Joe Biden assegurar a soltura deles. “Esse trabalho está em andamento”, afirmou. As Forças de Defesa de Israel (FDI) estimam que, ao todo, 203 capturados em esconderijos na Faixa de Gaza.
Na quarta-feira (18/10), o presidente dos EUA, Joe Biden discursou em Tel Aviv e afirmou que o grupo extremista “não representa o povo palestino”.
“Hamas usa inocentes e famílias inocentes em Gaza como escudo humano, colocando seus centros de comando, suas armas e seus túneis de comunicação em áreas residenciais”, disse o presidente norte-americano.
Biden também comentou sobre a explosão em um hospital na Faixa de Gaza, na qual ao menos 500 pessoas morreram. “Lamentamos a perda de vidas inocentes de palestinos como o mundo inteiro”, falou Biden.
Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, visitou Israel em duas ocasiões na última semana e reforçou o apoio do governo Biden ao país. “Enquanto a América existir, Israel nunca terá que se defender sozinho”, disse Blinken.
EUA vetaram proposta do Brasil na ONU
Também na quarta, os Estados Unidos vetaram a proposta do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para o conflito entre Israel e Hamas. A representação norte-americana justificou a rejeição por conta de uma mudança no texto, a de incluir um pedido de cessar-fogo imediato, e pela falta de autorização a Israel para que tenha direito a autodefesa.
No placar geral, 12 países votaram a favor da proposta brasileira, Rússia e Reino Unido se abstiveram e apenas os Estados Unidos se colocaram contra, por argumentar pela necessidade de uma cláusula sobre o direito de Israel se defender.
Membros permanentes do conselho, como os Estados Unidos, têm poder de veto, independentemente do resultado da votação.
O que o Brasil propôs?
Entre as propostas do Brasil na ONU, está a adoção de “pausas humanitárias para permitir o acesso humanitário rápido e seguro”, revogação imediata da ordem de evacuação das áreas ao norte da Faixa de Gaza, e fornecimento de eletricidade, água, alimentos e medicamentos para a população civil de Gaza.
Também era prevista a libertação imediata e incondicional dos reféns civis, sequestrados por integrantes do Hamas no dia 7 de outubro.