Israel diz ter encontrado 1,5 mil corpos de integrantes do Hamas
Autoridades de Israel relataram ter atacado mais de 200 locais na Faixa de Gaza e dizem que Hamas não tem onde se esconder
atualizado
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O quarto dia seguido de conflito entre Israel e Hamas, nesta terça-feira (10/10), começou com um ataque em larga escala contra integrantes do grupo extremista na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Defesa israelense, mais de 200 locais na Faixa de Gaza receberam bombardeios; entre eles, dois túneis que ligavam os territórios.
Desde o início do conflito, já são mais de 1,5 mil mortos e milhares de feridos em Gaza e Israel. Além disso, segundo autoridades, 1,5 mil corpos de membros do Hamas foram encontrados em território israelense.
Principal porta-voz militar israelense, o contra-almirante Daniel Hagari disse que o Hamas não tem onde se esconder. “Iremos alcançá-los em todos os lugares”, disse Hagari à agência de notícias Reuters.
Após cercar a Faixa de Gaza, a Defesa do país afirmou ter retomado o controle da fronteira nesta terça-feira (10/10). A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou os ataques do Hamas e criticou o cerco a Gaza.
“Estamos em guerra e vamos ganhar”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no sábado (7/10). “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, completou.
Há 100 mil soldados israelenses posicionados na fronteira com a Faixa de Gaza, com tropas espalhadas por sete ou oito pontos, de acordo com o porta-voz. O governo alegou ter atacado 500 alvos do grupo Hamas e da Jihad Islâmica na última segunda-feira (9/10).
Israel autorizou oficialmente o sobrevoo e pouso de aeronaves brasileiras no país, para repatriação. São, ao todo, 1,7 mil pedidos, e a primeira aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com repatriados deve chegar a território nacional nesta quarta-feira (11/10).
Feridos e mortos no conflito entre Israel e Hamas
Mais de 100 mil soldados israelenses cercam a Faixa de Gaza, após os ataques do grupo Hamas, no último sábado (7/10). A guerra entre Israel e Hamas entrou em seu quarto dia, com um saldo de 1,5 mil mortos confirmados até agora. Os feridos já passam de 4,5 mil. O Hamas teria mais de 100 reféns e ameaçou matar um deles a cada contraofensiva; Israel convocou 300 mil reservistas.
O Movimento de Resistência Islâmica é um grupo radical que foi financiado pelo Irã, cujo objetivo oficial seria “garantir a libertação dos palestinos e lutar pelo fim de Israel”. O líder do Irã, Ali Khamenei, chegou a chamar o país de “câncer”. O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, quando jurou destruir os inimigos.
O grupo fez um ataque-surpresa no último sábado (7/10), em que lançou 5 mil foguetes, segundo o Hamas. De acordo com o governo, foram 2 mil disparos.
O estatuto do Hamas inclui Israel como território palestino e define a Palestina como terra islâmica, não judia. O grupo, criado com o início dos conflitos na Faixa de Gaza, é considerado antissemita, pois também ataca os judeus enquanto povo.
O conflito na Faixa de Gaza
A Faixa de Gaza é um dos territórios mais conflituosos do mundo, palco de uma disputa que se estende desde 1967, quando Israel invadiu a Cisjordânia e a Faixa, na terra que antes era conhecida como Palestina — local também muito associado ao “lar original” dos judeus, na Bíblia.
O território de 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura faz fronteira com Egito, Israel e Mar Mediterrâneo, e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda internacional, e 187,5 mil deixaram suas casas na região.