Iraque quer acabar com presença militar dos EUA no país
Em meio a tensões, primeiro-ministro do Iraque anunciou que pretende acabar com a presença militar dos EUA no país
atualizado
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Um dia após o assassinato de Abu Taqwa al-Saidi, comandante das Forças de Mobilização Popular (PMF), o governo do Iraque anunciou que pretende acabar com a presença militar dos Estados Unidos no país.
“O governo está a definir a data para o início do comitê bilateral para estabelecer acordos para acabar permanentemente com a presença das forças da coalizão internacional no Iraque”, disse o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia’ Al Sudani, em comunicado divulgado por seu gabinete nesta sexta-feira (5/1).
A declaração do primeiro-ministro iraquiano aconteceu durante uma cerimônia que relembrou a morte do ex-general iraniano Qassem Soleimani, assassinado em um ataque de drones dos EUA em janeiro de 2020, em Bagdá. Além do militar do Irã, a ação também vitimou um comandante das Forças de Mobilização Popular (PMU) e outras cinco pessoas.
Segundo Al Sudani, a ação “representou um duplo golpe para o Iraque, as suas tradições e costumes, e um ataque a dois países”.
Presença dos EUA no Iraque
Desde 2014, os Estados Unidos formaram uma coalizão internacional no Iraque com o objetivo de combater os insurgentes do Estado Islâmico (Isis), que chegaram a controlar parte do território do país.
Atualmente, estima-se que cerca de 2.500 soldados estadunidenses ainda estejam em território iraquiano com o objetivo de evitar o ressurgimento do grupo terrorista, derrotado no Iraque em 2017.