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Iraniana ganhadora do Nobel da Paz faz greve de fome na cadeia

As autoridades do Irã teriam proibido Narges de ir ao hospital para um tratamento cardíaco porque ela se recusou a usar o véu islâmico

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Imagem colorida mostra a ativista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi venceu o Nobel da Paz - Metrópooles
1 de 1 Imagem colorida mostra a ativista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi venceu o Nobel da Paz - Metrópooles - Foto: Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images

A vencedora mais recente do Nobel da Paz, a iraniana Narges Mohammadi (foto em destaque), começou na última segunda-feira (6/11) uma greve de fome na cadeia, no Irã. De acordo com Mohammadi, o protesto é contra a falta de atendimento médico.
As autoridades do Irã teriam proibido Narges de ir ao hospital para um tratamento cardíaco porque ela se recusou a usar o véu islâmico.

O comitê organizador do Nobel afirmou que está muito preocupado com o caso.

A edição deste ano do Prêmio Nobel da Paz anunciou a ativista iraniana Narges Mohammadi, de 51 anos, como vencedora, no dia 6 de outubro. Ela é conhecida principalmente por sua luta em prol dos direitos das mulheres no Irã, após a prisão e morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, por “uso incorreto” da indumentária.

“Narges é uma defensora dos direitos humanos e uma pessoa que luta pela liberdade. Nós queremos apoiar sua luta corajosa e reconhecer milhares de pessoas que se manifestaram contra o regime teocrático de repressão e discriminação que tem como alvo as mulheres no Irã”, afirmou a diretora do Comitê do Prêmio Nobel responsável pelo anúncio da premiação, Berit Reiss-Andersen.

Narges Mohammadi está detida desde 2015 por acusações decorrentes do seu trabalho em matéria de direitos humanos. Ela recebeu uma sentença combinada de 16 anos de prisão em maio de 2016, dos quais precisará cumprir 10 anos, sob a lei iraniana.

Narges Mohammadi é a 19ª mulher a vencer o Nobel da Paz

Mohammadi é a 19ª mulher a vencer a categoria. Apesar de estar encarcerada, conseguiu publicar um artigo no The New York Times, no qual afirma que, “quanto mais nos prendermos, mais forte estaremos”.

A advogada concorria com figuras como o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, 45, e o opositor e político russo Alexei Navalny, 47. Navalny também está atualmente preso.

No ano passado, o Nobel da Paz teve como vencedor o ativista Ales Bialiatski, 60, chefe do grupo bielorrusso de direitos humanos Viasna (“Primavera”).

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