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Irã rejeita pedido saudita para produzir menos petróleo antes de reunião da Opep

O país planeja reforçar sua produção em 1 milhão de barris ao dia, após a retirada em janeiro das sanções de nações do Ocidente

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1 de 1 petróleo - Foto: Pixabay

O Irã afirmou nesta quinta-feira (3/12) que levará adiante os planos de elevar a produção de petróleo, rejeitando um pedido da Arábia Saudita para uma redução conjunta na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A divergência ocorre no momento em que o cartel se prepara para realizar sua reunião semestral, nesta sexta-feira (4).

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse ao chegar para o encontro em Viena que “nós não aceitamos nenhuma discussão sobre o aumento da produção após a retirada das sanções”. “É nosso direito e não vamos aceitar nada nesse sentido”, afirmou a autoridade. O país planeja reforçar sua produção em 1 milhão de barris ao dia, após a retirada em janeiro das sanções de nações do Ocidente. A retirada das sanções deve ocorrer após um acordo entre Teerã e as potências para controlar o programa nuclear iraniano.

Durante mais de um ano, a Opep tem produzido perto de níveis recordes, em um esforço para assegurar sua fatia de mercado. Essa política, uma mudança em relação ao papel tradicional do grupo de restringir a oferta para apoiar os preços, contribuiu para o excesso de commodity no mercado, com os estoques atingindo volumes recordes.

A Arábia Saudita e seus aliados árabes do Golfo Pérsico sinalizaram que iriam cortar a produção dos níveis recordes atuais – isso ocorreria, porém, apenas se Irã, Iraque e outros produtores concordassem. Além disso, produtores de fora da Opep, como a Rússia, não se mostram dispostos a coordenar a produção, enquanto o Iraque produz em nível recorde para obter mais caixa para a luta contra o Estado Islâmico.

Nesta quinta-feira, os membros da Opep devem ter uma série de encontros informais entre si, para ajustar suas posições antes da reunião formal da sexta-feira. Na chegada a Viena, ministros da Opep mostraram-se relutantes a cortar a produção sem um claro comprometimento de outros produtores, entre eles a Rússia.

O ministro do Petróleo do Iraque, Adil Abd al-Mahdi, disse que Bagdá estava disposto a abrir uma discussão sobre uma eventual proposta para cortar a produção a fim de impulsionar os preços. Segundo ele, porém, os países de fora da Opep também precisariam participar de qualquer corte. “Nós estamos buscando a unidade da Opep e defender os interesses de seus membros, portanto estamos dispostos a ter uma discussão aberta”, comentou.

O ministro iraniano, porém, culpou produtores da Opep pela queda no preço e disse que eles é que deveriam cortar suas ofertas, sem nomear a Arábia Saudita. Zanganeh também rejeitou a visão saudita de que países de fora da Opep, como a Rússia, teriam de cortar a produção para gerar uma redução da oferta do cartel. O ministro iraniano disse que os membros de fora da Opep são bem-vindos para a discussão, mas não é possível decidir algo sujeito a medidas dos países que não são da entidade.

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