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Irã e Paquistão tentam frear escalada de violência após ataques mútuos

Após conversa telefónica entre chanceleres, Irã e Paquistão concordaram em respeito mútuo a soberania territorial e cooperação em segurança

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Imagem colorida mostra bandeiras do Paquistão e Irã em sobreposição - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra bandeiras do Paquistão e Irã em sobreposição - Metrópoles - Foto: Racide/Getty Images

Dias após trocarem ataques aéreos mútuos, Irã e Paquistão concordaram em respeitar a soberania territorial um do outro, na tentativa de acalmar a situação tensa que se desenhou entre os dois países. A decisão foi divulgada pelos ministros das Relações Exteriores dos dois países após um telefonema realizado nesta sexta-feira (19/1).

Durante a conversa, os chanceleres teriam concordado que Teerã e Islamabade devem trabalhar juntos na busca de segurança e cooperação na luta contra grupos classificados como terroristas pelos dois governos.

Houssein Amir Abdollahian, do Irã, enfatizou o respeito a integridade territorial do Paquistão apesar do ataque iraniano realizado na última terça-feira (16/1). Segundo comunicado, o chanceler enfatizou que a cooperação entre os dois países deve se concentrar, principalmente, na neutralização e destruição do que chamou de “campos terroristas” em áreas paquistanesas.

Já o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Jalil Abbas, ressaltou a necessidade do estreitamento na cooperação em questões de segurança envolvendo Teerã e Islamabade, e afirmou que os dois governos concordaram em trabalhar juntos para “acalmar a situação” envolvendo os dois países que dividem cerca de 900 km de fronteira.

Ataques

No início dessa semana, Irã e Paquistão se tornaram um novo alvo de preocupação no Oriente Médio, que vê a escalada de violência da guerra entre Israel e Hamas se espalhar pela região. 

Na última terça-feira (16/1), uma série de ataques aéreos com mísseis de precisão e drones vindos Irã atingiram o Paquistão. De acordo com Teerã, a ação teve como alvo um reduto do grupo Jaish al-Adl, que apesar de ter origens iranianas possuí redutos em solo paquistanês e busca a independência das províncias do Sistão e Baluchistão, ambas em território iraniano.

Ao menos duas crianças morreram com os bombardeios e várias outras pessoas ficaram feridas, de acordo com autoridades paquistanesas.

Após condenar a ação e classificar os ataques como uma violação “flagrante do direito internacional”, o governo do Paquistão retaliou aos bombardeios iranianos dois dias depois, com ataques aéreos no sudeste do Irã.

De acordo com Islamabade, grupos paquistaneses com esconderijos em solo iraniano foram os alvos da operação, que matou ao menos nove pessoas. Teerã, no entanto, afirmou que as vítimas fatais do ataque eram civis, incluindo três mulheres e quatro crianças.

 

 

 

 

 

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