Irã se pronuncia na ONU após ataque a Israel: “Autodefesa justificada”
Embaixador do Irã afirmou em discurso que ataque contra Israel foi retaliação às mortes dos líderes do Hamas e Hezbollah
atualizado
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“Precisamos demonstrar os fatos que tratam da autodefesa do Irã, que são totalmente justificáveis”, afirmou o embaixador do Irã, Amir Saeid Iravani, durante discurso no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que teve reunião extraordinária nesta quarta-feira (2/10), para debater a escalada de violência na região do Oriente Médio.
O país não teria violado qualquer princípio da ONU sobre guerras, argumentou Iravani, que ainda acusou o Conselho de Segurança de omissão, por não intervir em ações violentas de Israel.
De acordo com ele, o ataque aéreo contra Israel, nessa terça-feira (1°/10), foi uma retaliação às mortes dos líderes do Hamas e ao recente “assassinato” do líder de resistência do grupo extremista Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.
Iravani disse, ainda, que a única forma de o conflito no Oriente Médio chegar a um fim e evitar uma guerra generalizada é que Israel interrompa os ataques e a incursão por terra no Líbano. Segundo ele, o país comete genocídio e faz ações ilegais na região.
“Vários países, incluindo os Estados Unidos, falam das tentativas de cessar-fogo e do uso da diplomacia, mas nenhum acordo será feito sem a participação de todos”, disse o embaixador.
Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (2/10). Os três países envolvidos no conflito, Israel, Líbano e Irã, participaram do encontro, na sede da ONU, em Nova York (EUA).
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros e reúne-se extraordinariamente um dia após o Irã atacar Israel, em represália às mortes de integrantes do grupo Hezbollah.
Durante seu discurso, o representante de Israel prometeu uma resposta “precisa e dolorosa”. Ele reafirmou que Israel atacará o Irã em retaliação às centenas de mísseis lançados ao território israelense e disse que “as consequências que o Irã enfrentará serão maior que qualquer uma já imaginada”.
“O momento de empatia passou”, afirmou o representante Israel.