Irã: explosões durante homenagem a Soleimani deixam mais de 100 mortos
Influente general do Irã, Qassem Soleimani foi morto em um ataque com drones dos EUA; explosões aconteceram durante homenagem
atualizado
Compartilhar notícia
Duas explosões, nesta quarta-feira (3/1), no Irã, mataram pelo menos 103 pessoas que caminhavam em procissão para o túmulo do general iraniano Qassem Soleimani, morto em um ataque com drone dos Estados Unidos, em 2020.
Segundo autoridades locais, o grupo tinha a intenção de homenagear Soleimani. A morte do general, que era uma das pessoas mais influentes no país, completou quatro anos nesta quarta.
O governo classificou as explosões como atentados terroristas. Até o momento, porém, nenhum grupo reivindicou o ataque.
Veja vídeo após as explosões:
Is #Iran being pushed towards war?..
The number of victims of explosions in #Kerman during funeral processions in memory of the fourth anniversary of the death of General of the #IRGC Qassem #Soleimani has increased to 103 people, 141 more were injured. pic.twitter.com/t8BIIVdVFT
— Karina Karapetyan (@KarinaKarapety8) January 3, 2024
As explosões ocorreram em uma rua a caminho do cemitério, na cidade de Kerman, onde o corpo do general Soleimani está enterrado. As informações são da imprensa local.
A primeira explosão aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo de Soleimani. Jornalistas locais relataram que há diversos corpos espalhados pelo local.
Houthi condena o ataque
O Houthi, grupo rebelde do Iêmen, condenou “bombardeios criminosos” no aniversário do “martírio” de Soleimani.
Para eles, “este crime hediondo representa uma extensão de todos os crimes que tentaram minar a República Islâmica, o seu papel no confronto com a arrogância global, a sua adopção da causa central da nação e o seu apoio às forças de resistência na Palestina e no Líbano”.
Revolta no Irã
A morte de Qassem Soleimani provocou uma retaliação contra os EUA. À época, o general era chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos e influentes do país.
Ele foi morto no aeroporto de Bagdá, após ser atacado com drones. O então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi quem ordenou a operação.
Na época, o Pentágono, que coordenou o ataque, justificou que Soleimani era responsável pela morte de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.