Irã enviará para Ucrânia caixas-pretas de avião derrubado
Todas as 176 pessoas que estavam a bordo morreram na tragédia. Avião foi abatido acidentalmente
atualizado
Compartilhar notícia
Hassan Rezaeifer, chefe do Investigação de Acidentes do Departamento de Aviação Civil iraniano, disse que não era possível ler os arquivos das caixas no Irã. Segundo ele, especialistas franceses, norte-americanos e canadenses vão ajudar a analisar o material em Kiev, capital da Ucrânia. De acordo com Rezaeifer, caso os trabalhos não sejam conclusivos o material será enviado para a França.
Em 8 de janeiro, a Guarda Revolucionária do Irã acidentalmente derrubou um avião de passageiros da Ukraine International Airlines que havia acabado de decolar de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo.
Horas antes, a Guarda havia lançado mísseis balísticos contra tropas dos Estados Unidos no Iraque em resposta ao ataque norte-americano que matou o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, general Qassem Soleimani. Oficiais iranianos dizem que a aeronave foi confundida com um míssil de cruzeiro dos EUA.
Inicialmente, o governo iraniano disse que a queda tinha sido provocada por problemas técnicos e convidou especialistas dos países que perderam cidadãos no acidente a ajudar nas investigações. Três dias depois, porém, o país admitiu a responsabilidade pelo acidente, após autoridades do Canadá, Reino Unido e EUA afirmarem ter fortes evidências de que a aeronave foi derrubada por um míssil de curto alcance disparado por militares iranianos.
O avião era um Boeing 737-800 desenhado e construído nos EUA. O motor da aeronave foi desenvolvido pela CFM International, joint venture formada pelo grupo francês Safran e a norte-americana GE Aviation. Investigadores dos dois países já foram convidados para participar do inquérito.
Com informações da Associated Press