Investigação aponta que governador de Nova York assediou 11 mulheres
Testemunhas alegam que Andrew M. Cuomo fazia comentário inapropriados e forçava contatos físicos não consensuais
atualizado
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O governador de Nova York, Andrew M. Cuomo, assediou sexualmente 11 funcionárias do governo, segundo um anúncio da promotora Letitia James desta terça-feira (3/8). A denúncia foi resultado de uma investigação que corre há meses e que contou com entrevistas de 179 pessoas, incluindo Cuomo.
“Esta investigação revelou condutas que corroem a própria essência e caráter do nosso governo”, explicou James.
O inquérito teve início após duas assessoras acusarem Cuomo de fazer comentários inapropriados e contatos físicos não consensuais. Em uma ocasião, o governador teria apalpado uma mulher que trabalhava em sua mansão, além de ter feito comentários sugestivos.
Além disso, diversas testemunhas afirmaram que o ambiente de trabalho era abusivo e intimidador. Uma das funcionárias, que alega ter sido assediada por anos, chegou a ter a ficha pessoal divulgada após denunciar Cuomo. A denúncia dela foi confirmada por testemunhas.
Sobre uma possível renúncia do governador, James afirmou que a decisão ficará por conta dele. Em defesa, ele nega que tenha tocado as mulheres “inapropriadamente”, mas pede desculpa, caso suas ações tenham sido ofensivas ou causado dor.
Cuomo é investigado por diversos outros crimes, como a preferência que o governador deu à própria família durante a testagem da Covid-19 e o pagamento de US$ 5 milhões que recebeu em adiantamento por um livro sobre sua liderança durante a pandemia.