Inundações deixam quase 23 mil desabrigados na capital do Paraguai
Segundo governo, refugiados vivem agora em 79 abrigos construídos com madeira em prédios públicos e militares em áreas mais altas
atualizado
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As inundações em Assunção por conta das enchentes do rio Paraguai já deixam 22,9 mil pessoas afetadas e realojadas em abrigos, informou neste domingo (28/01) a prefeitura da cidade.
O aumento do nível do rio obrigou a desalojar 1.905 famílias da região de Bañado Sur, uma zona ribeirinha e humilde da capital paraguaia. Em Bañado Norte, também às margens do rio Paraguai, 1.875 famílias tiveram que deixar suas casas nas últimas duas semanas por causa da cheia do rio. Além disso, 756 famílias afetadas no bairro Ricardo Brugado tiveram que buscar abrigo.
Estas 22.9 mil pessoas vivem agora em 79 refúgios construídos com madeira em prédios públicos e militares em áreas mais altas onde a água não chega.As chuvas dos últimos dias fizeram com que o rio Paraguai, que bordeia Assunção, subisse uma média de dois centímetros por dia.
O nível fluvial se situou hoje nos 5,78 metros, um centímetro a mais que ontem, e cada dia mais acima dos 5,50 metros que marcam o nível crítico de inundação.
A Junta Municipal de Assunção decretou na quarta-feira o estado de emergência por 30 dias por causa das inundações. As previsões apontam que as chuvas continuarão na segunda (29) e na terça-feira (30), de acordo com a Direção de Meteorologia e Hidrologia.
Em dezembro de 2015, as inundações em Assunção, associadas ao fenômeno climático do El Niño, obrigaram cerca de 100 mil pessoas a abandonar suas casas e alojar-se em precários abrigos de madeira construídos em refúgios situados em espaços públicos.