Intoxicação por monóxido de carbono causou morte de família no Chile
Gás vazou do sistema de aquecimento do prédio – a principal hipótese é que tenha vindo do chuveiro
atualizado
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Intoxicação por monóxido de carbono foi a causa da morte de seis brasileiros da mesma família, em 22 de maio, em Santiago, no Chile. Eles inalaram o gás tóxico que vazou do sistema de aquecimento do prédio onde estavam hospedados durante férias na capital chilena.
Segundo informações repassadas pelo advogado da família, Mirivaldo Campos, o gás vazou do sistema de aquecimento do prédio – e a principal hipótese é que tenha vindo do chuveiro. O edifício, no bairro turístico de Bellas Artes, tinha mais de 50 anos, e o apartamento não era vistoriado há 15.
O imóvel foi alugado pela família por meio de uma plataforma on-line, o Airbnb. A viagem a Santiago era um presente para a adolescente Karoliny Nascimento, que completaria 15 anos dois dias após a tragédia.
Karoliny, o irmão Felipe Nascimento, de 13, a mãe, Débora Nascimento, de 38, e o pai, Fabiano de Souza, de 41, morreram. As outras vítimas foram o irmão e a cunhada de Débora, Jonathas Kruger Muniz, de 30 anos, e Adriane Padilha Kruger.
Pouco antes de morrer, Débora enviou mensagens de áudio a parentes no Brasil. Nas gravações, ela pede socorro e relata que o filho, Felipe, já estava “roxo”. Diz ainda que também estava sentindo dores nas articulações e que a emergência estava demorando a chegar. Autoridades chilenas investigam negligência da polícia.
“Não consigo mais, minhas articulações também estão parando e ficando roxas. E essa ambulância não chega. Acho que nós todos estamos contaminados por um vírus, Raquel, que paralisa as articulações e dá vômito. Não sei o que vai ser de nós.”
Velório
A previsão é de que o translado dos corpos ocorra nesta segunda-feira (03/05/2019). O velório dos seis será aberto ao público e ocorrerá no ginásio de esportes da Univali, em Biguaçu (SC), na terça-feira (04/05/2019). O enterro está previsto para as 17h, no Cemitério de São Miguel, também em Biguaçu, município da Grande Florianópolis, onde Fabiano, Débora e os filhos moravam.
Quem são as vítimas em Santiago:
Fabiano de Souza
Tinha 41 anos. Pai de Felipe e Karoliny, marido de Débora Muniz Nascimento de Souza. Trabalhava como pedreiro e pescador. Morava em Biguaçu (SC).
Débora Muniz Nascimento
Mãe de Felipe e Karoliny, tinha 38 anos. Trabalhava como professora. Gostava de viajar e compartilhava nas redes fotos de passeios em família.
Karoliny Nascimento
Tinha 14 anos. Filha de Débora e Fabiano. Completaria 15 anos naquela sexta-feira (24/05/2019). A viagem a Santiago foi realizada em comemoração pelo seu aniversário.
Felipe Nascimento
Tinha 13 anos. Filho Débora Muniz Nascimento e Fabiano de Souza. Foi o primeiro a apresentar os sintomas da intoxicação pela inalação de gás.
Jonathas Nascimento
Tinha 30 anos. Irmão de Débora e padrinho de Karoliny, a quem presenteou com a viagem. Era chefe de RH do Instituto Adventista de Tecnologia.
Adriane Kruger
Casada com Jonathas. Era de Goiânia e morava em Hortolândia (SP), com o marido. Publicou na véspera imagem de um passeio em Santiago.