Insegurança alimentar atingiu 258 milhões de pessoas em 2022, diz ONU
Relatório da ONU indica que conflitos, crises econômicas e condições climáticas são responsáveis pelo aumento da insegurança alimentar
atualizado
Compartilhar notícia
O relatório da Crise Global de Alimentos, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nessa quarta-feira (3/5), indica que 258 milhões de pessoas enfrentaram situações de insegurança alimentar em 2022. O percentual apresenta alta de 25% em relação aos dados do ano anterior.
A pesquisa da ONU analisou a situação de 58 países e destacou que a insegurança alimentar foi impulsionada no ano passado por conflitos, mudanças climáticas, consequências da pandemia da Covid-19 e Guerra da Ucrânia.
Segundo o documento, 35 milhões de crianças abaixo de 5 anos enfrentaram casos de desnutrição aguda ao longo de 2022. Para a ONU, a Guerra da Ucrânia e os impactos da Covid-19 afetaram 27 países e 84 milhões de pessoas no ano passado.
Em 2021, 193 milhões de pessoas sofreram com insegurança alimentar, segundo o relatório da ONU. O documento destaca que o mundo marca o quarto ano consecutivo com aumento nesse índice.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca que o alto índice de insegurança alimentar apresenta um fracasso da humanidade para acabar com a fome e alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição para todos.