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Insegurança alimentar atinge 345 milhões de pessoas no mundo

O aumento recorde em comparação com o ano de 2019 se relaciona com a pandemia da Covid-19, as mudanças climáticas e a guerra da Ucrânia

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Moradores de rua e a dura realidade da pobreza e miséria na pandemia da COVID 19
1 de 1 Moradores de rua e a dura realidade da pobreza e miséria na pandemia da COVID 19 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles.

O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda em todo o mundo mais que dobrou desde 2019. O Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira (24/08) que a fome aguda atinge 345 milhões de pessoas.

O recorde é devido a uma série de fatores, como a pandemia da Covid-19, as mudanças climáticas e a guerra da Ucrânia, que gerou crises de distribuição de grãos e alta no petróleo.

Antes da pandemia, a quantidade de pessoas nessa situação era de 135 milhões, como aponta Corinne Fleischer, diretora regional do WFP, à Reuters. De acordo com ela, a previsão é que esse número suba ainda mais ao longo deste ano.

Os desafios ambientais também contribuem para que haja escassez de alimentos, conflitos e migrações em massa.

“Vemos agora dez vezes mais deslocamentos em todo o mundo por causa das mudanças climáticas e dos conflitos e, claro, eles estão interligados. Então, estamos realmente preocupados com o efeito agravante da Covid, das mudanças climáticas e da guerra na Ucrânia”, completou ela.

O Oriente Médio e o norte da África foram os continentes que mais sofreram com o impacto da crise na Ucrânia. Corinne destacou que o aumento da insegurança alimentar resultou da dependência de importação da região e da proximidade com o Mar Negro.

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Relatório da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) mostra que 61,3 milhões de brasilerio são atingidos pela insegurança alimentar
Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mostram que seis em cada dez casas chefiadas por mulheres (63%) são atingidas por algum tipo de insegurança alimentar.
O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil mostra que, atualmente, 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer
Sem-teto Ana e os seus sete netos fizeram uma refeição de arroz e feijão hoje depois de 48 horas sem se alimentarem
Ana é moradora de uma ocupação nas proximidades do centro de Brasília, no Distrito Federal
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Dados da FAO mostram que 45% da população feminina da América Latina e do Caribe vive em insegurança

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Relatório da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) mostra que 61,3 milhões de brasilerio são atingidos pela insegurança alimentar

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Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mostram que seis em cada dez casas chefiadas por mulheres (63%) são atingidas por algum tipo de insegurança alimentar.

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O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil mostra que, atualmente, 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer

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Sem-teto Ana e os seus sete netos fizeram uma refeição de arroz e feijão hoje depois de 48 horas sem se alimentarem

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Ana é moradora de uma ocupação nas proximidades do centro de Brasília, no Distrito Federal

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Em 2021, em todo mundo, 2,3 bilhões de pessoas enfrentavam um cenário de insegurança alimentar

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A única renda de Ana é a do benefício social Auxílio Brasil, de R$ 400

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Historicamente, mulheres apresentam tendência a serem desproporcionalmente afetadas por crises econômicas e de saúde de diversas formas

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Ana vive em situação de rua há quase 30 anos

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Ana não sabe quando será a sua próxima refeição

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Ana faz parte dos 31,9% das mulheres do mundo que enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave

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Para a FAO, a insegurança alimentar grave ocorre quando o indivíduo não tem acesso regular e permanente à alimentação.

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O WFP apoia 13 milhões dos 16 milhões de pessoas que precisam de assistência alimentar, mas essa assistência cobre apenas metade das necessidades diárias de uma pessoa por falta de fundos.

Os custos aumentaram em média 45% desde a crise da Covid-19 e os desafios econômicos com a guerra na Ucrânia.

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