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Inflação “empurrou” 71 milhões de pessoas para a pobreza, diz ONU

Relatório divulgado nesta quinta (7/7) revela cenário grave, especialmente em nações em desenvolvimento; Pnud pede reforços

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estrutural pobreza
1 de 1 estrutural pobreza - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A disparada no aumento dos preços está “empurrando” mais de 71 milhões de pessoas para a pobreza nos países em desenvolvimento, alertou o relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta quinta-feira (7/7).

Segundo levantamento da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a aceleração da pobreza tem efeitos “consideravelmente mais rápidos” do que o choque causado pela pandemia de Covid-19, e é impulsionada pelo aumento de preços em decorrência da Guerra na Ucrânia.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Achim Steiner, administrador do Pnud, defendeu que, após a análise da situação de 159 países, o aumento dos preços das principais commodities este ano resulta em efeitos severos para países da África Subsaariana, dos Balcãs, e da Ásia.

“Esta crise do custo de vida está levando milhões de pessoas à pobreza e até mesmo à fome a uma velocidade de tirar o fôlego”, disse, em entrevista à Reuters. “Com isso, a ameaça de aumento da agitação social cresce a cada dia”.

Diante do contexto global, o relatório apresentado ressalta que as nações precisam do apoio do sistema multilateral para que as famílias consigam fechar as contas no fim do mês.

“Enquanto as taxas de juros aumentam em resposta à alta da inflação, existe o risco de desencadear uma nova onda de pobreza induzida pela recessão que exacerbará ainda mais a crise, acelerando e aprofundando a pobreza no mundo”, alerta o Pnud.

Na publicação, o a agência ilustra aumento acentuado dos preços globais das principais commodities energéticas no período avaliado — entre os meses de maio de 2021 e 2022.

O valor do gás natural apresentou a alta mais significativa: 166,8%. Na escalada de preços, o valor do petróleo WTI apresentou alta de 73,5%; o trigo 63,9%; e o óleo de girassol, 42,4%. O preço do milho cresceu 14,3%; enquanto o da gasolina subiu 82,5%.

Fome no mundo

Divulgado nessa quarta-feira (6/7), o relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo produzido pela  Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) aponta que o número de pessoas afetadas pela fome no mundo foi de cerca de 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19.

A expectativa para os próximos anos não é positiva: o relatório projeta que, em 2030, 670 milhões de pessoas ainda enfrentarão a fome — cerca de 8% da população mundial —, deixando o mundo cada vez mais distante de acabar com a fome, o segundo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

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