Índia registra 300 mil casos de Covid-19 em 24 horas e bate recorde
Oficialmente, o país é a segunda nação com mais casos confirmados da doença 19 do mundo, com 15,6 milhões de casos confirmados
atualizado
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A Índia bateu recorde de mortes e casos confirmados de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Segundo autoridades indianas, foram mais de dois mil óbitos e quase 300 mil infectados nas últimas 24 horas.
Nesta quarta-feira (21/4), o país registrou o pior dia desde o início da pandemia. Com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia sofre com uma nova variante, que fez aumentar os casos e mortes. Antes, o país havia registrado 273 mil casos em um dia.
O país confirmou 2.023 mortes e 295.158 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde indiano. Os números de hoje equivalem a 14% de todos os óbitos e 35% de todos os novos infectados registrados no mundo, segundo dados do Our World in Data.
O governo se recusa a adotar um lockdown nacional, mesmo com hospitais lotados e a falta de leitos, de remédios e de oxigênio. E cemitérios e crematórios não conseguem atender à quantidade de mortos, que é superior aos números oficiais de vítimas do vírus.
“Os pacientes que usavam ventiladores no hospital em Nashik morreram”, confirmou o ministro da Saúde da região, Rajesh Tope, que culpou um vazamento no tanque de fornecimento de oxigênio pelas mortes.
“A demanda de oxigênio aumentou”, alertou o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em um discurso transmitido pela televisão na noite de terça (20/4). “Estamos trabalhando com rapidez e sensibilidade para garantir oxigênio a todos que precisam. Todos estão trabalhando juntos”.
Foi o primeiro discurso de Modi desde a explosão da segunda onda de contágios no país. Ele tem se recusado a adotar um lockdown nacional e pediu à população um esforço maior para enfrentar o novo coronavírus.
Oficialmente, a Índia é o segundo país com mais casos confirmados de Covid-19 do mundo (15,6 milhões), atrás apenas dos EUA (31,7 milhões), e o quarto em número de mortes (182 mil), depois de EUA (568 mil), Brasil (378 mil) e México (213 mil). (Com informações de agências internacionais)