Incerteza aumenta no Oriente Médio com ameaças de Netanyahu ao Irã
Israel prometeu resposta bélica após ter sido atingido por mísseis que partiram do Irã. Enquanto isto, país judeu bombardeia o Líbano
atualizado
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O clima de incerteza continua no Oriente Médio, em meio a ofensiva de Israel no Líbano e as reiteradas promessas de Benjamin Netanyahu de atacar o Irã.
No sábado (5/10), o primeiro-ministro voltou a comentar os recentes acontecimentos na região, e disse que Israel tem o “dever e direito” de atacar Irã em resposta aos bombardeios contra o território israelense.
Apesar da ameaça, o cenário é incerto. Ainda não se sabe como, onde ou quando a resposta de Israel pode acontecer.
Além dos comentários sobre a tensão com o Irã, Netanyahu se dirigiu diretamente ao presidente da França, Emmanuel Macron, após o líder francês defender a suspensão do envio de armas para Israel.
De acordo com o premiê israelense, seu país está lutando em “sete fronts” de batalha na região contra inimigos da civilização. Por isso, espera o apoio de “países civilizados”.
“Todos os países civilizados deveriam estar, firmemente, ao lado de Israel. No entanto, o presidente Macron, e outros líderes do Ocidente, estão agora falando sobre embargo de armas contra Israel.”, declarou. “Bom, deixe-me dizer uma coisa: Israel vai vencer com, ou sem o suporte deles”, disse Netanyahu.
Líbano
Enquanto a avisada resposta ao Irã não vem, Israel continua a bombardear Beirute, capital do Líbano. Sábado foi o terceiro dia consecutivo em que mísseis israelenses atingiram a porção sul do subúrbio da cidade. Nos dois primeiros dias foi atingido o bairro de Daieh e no sábado o bairro de Choueifat.
Israel avisou cerca de meia hora antes sobre o ataque que faria no subúrbio de Beirute. A região fica nas proximidades do aeroporto da capital do Líbano.
Também no sábado, Israel afirmou ter matado dois integrantes seniores da ala militar do grupo extremista Hamas que estavam no Líbano.
Na terça-feira (1º/10), o Irã atacou Israel com o envio de mísseis balísticos. Segundo as Forças de Defesa de Israel, teriam sido cerca de 180 projéteis que chegaram a atingir a capital, Tel Aviv, e Jerusalém.