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Impasse no orçamento: Estados Unidos fazem 3ª paralisação parcial

O problema é causado por impasses no financiamento do muro na fronteira com o México e vai afetar servidores públicos e turistas

atualizado

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President Trump attends annual National Prayer Breakfast
1 de 1 President Trump attends annual National Prayer Breakfast - Foto: EPA/MIKE THEILER / POOL

Os Estados Unidos entraram oficialmente, neste sábado (22/12), em paralisação parcial por esgotamento dos fundos atuais. O problema é causado por impasses no financiamento do muro na fronteira com o México. O Congresso encerrou suas sessões à meia-noite de sexta (21) e deve retomar as negociações às 12h deste sábado — 15h, no horário de Brasília.

O Legislativo americano havia aprovado nesta semana uma nova lei para financiar diversas agências federais até 8 de fevereiro. Mas o presidente, Donald Trump, se negou a assinar o novo orçamento por não contemplar US$ 5 bilhões para a construção do muro na fronteira com o México. E os democratas já sinalizaram que não vão apoiar esses fundos.

Trump vê esta negociação como sua última oportunidade para conseguir os fundos para cumprir sua grande promessa eleitoral, já que em janeiro os democratas assumirão o controle da Câmara dos Deputados e poderão bloquear o financiamento do muro.

 

Esta é a terceira paralisação do ano, e Trump anunciou que está disposto a enfrentar um longo fechamento em troca de obter suas demandas.

A primeira ocorreu em 20 de janeiro, quando Trump completou um ano de governo. Na ocasião, senadores democratas e alguns republicanos se recusaram a votar a proposta que manteria o governo em funcionamento, que já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados.

A oposição no Senado tinha condicionado seu apoio à aprovação de lei que regularizasse a situação de 690 mil jovens beneficiados pelo Daca — programa do ex-presidente Barack Obama que suspendeu deportações de imigrantes ilegais levados aos EUA quando eram crianças.

Trump tinha anunciado em setembro de 2017 que o fim do Daca estava marcado para março, mas a Suprema Corte suspendeu a decisão do presidente em setembro deste ano. O governo ficou paralisado durante três dias, até que um acordo temporário entre democratas e republicanos permitiu que o governo fizesse novos gastos.

A segunda paralisação aconteceu em fevereiro, um mês depois da primeira, e durou algumas horas. O Senado havia aprovado uma nova lei orçamentária, mas não em tempo hábil para impedir a paralisação, pois ainda era necessário que a Câmara dos Deputados desse sua aprovação.

Nesse caso, a votação foi emperrada pelo senador republicano Rand Paul, que pediu o acréscimo de uma emenda em relação ao aumento da dívida pública. Apesar de Paul ser do mesmo partido que o presidente, os republicanos são críticos ao aumento da dívida pública.

A estimativa dos democratas é a de que mais de 800 mil funcionários públicos sejam afetados, incluindo os da Nasa, Ministério da Habitação e os de serviços fiscais. Além disso, a paralisação pode atingir turistas, já que, por exemplo, a Estátua da Liberdade ficou fechada por dois dias em janeiro, até o Estado de Nova York reabri-la utilizando financiamento próprio de US$ 65 mil diários.

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