metropoles.com

Ilha é esvaziada às pressas, sob ameaça de inundação iminente

A ilha de Gardi Sugdub é habitada majoritariamente por indígenas Guna e todos foram forçados a evacuar a terra

atualizado

Compartilhar notícia

Adri Salido/Getty Images
Imagem colorida da ilha de Gardi Sugdub - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da ilha de Gardi Sugdub - Metrópoles - Foto: Adri Salido/Getty Images

Gardi Sugdub, no Panamá, é uma das 50 ilhas que abrigam os indígenas Guna. Em meio as mudanças climáticas que causam enchentes de tempos em tempos, os indígenas precisarão sair de sua terra originária. Os Gunas são a primeira comunidade que vive em ilhas que recebeu solicitação do governo para se mudar para o continente. O grupo é considerado refugiado climático.

Há cerca de 300 anos, o mesmo povo precisou também se deslocar, eles habitavam as florestas e as montanhas de uma área que abrange hoje a Colômbia e o Panamá, mas por causa de conflitos com espanhóis e outros povos originários, fincou suas raízes em Gardi Sugdub.

A saída não é mandatória, apesar de indicada pelo governo, e, por isso, muitos dos Gunas optaram por ficar em suas terras, porém, os mais de 1000 que decidiram deixar a ilha, receberam novas casas e iniciaram o processo de mudança à cidade recém-construída, Isber Yala.

“O povo Guna e outras comunidades indígenas no Caribe serão afetados pelo aumento do nível do mar na região, então é claro que temos que estar preparados. Está na história oral do povo Guna, sempre falamos sobre o que acontece quando sopram os ventos fortes, as comunidades ficam inundadas. As consequências podem acontecer em 30 ou 50 anos. Então, temos que nos organizar, temos que planejar”, disse à CNN, Blas Lopez, líder Guna em Gardi Sugdub, que integra o comitê de realocação.

Nova cidade

A cidade criada pelo governo do Panamá para realojar o povo Guna é bastante diferente da Ilha de Gardi Sugdub. A cidade foi planejada com casas pré-fabricadas de dois quartos, em estruturas de um andar, na cor creme com telhados laranja-avermelhados, bem diferente das casas que a o povo Guna está acostumado.

A cidade não tem acesso à água e nem um centro de saúde. O que, para o líder do povoado, demonstra a falta de planejamento para receber o seu povo.

“Há falta de planejamento a nível social, a nível econômico, a nível ambiental e a nível ecológico. Há muitos anos, o povo Guna chegou às costas insulares do Mar do Caribe, mas somos originários das montanhas, dos rios e das florestas”, disse à CNN Blas Lopez.

A grande crítica realizada é que apesar do governo ter arcado com a construção das casas, a responsabilidade de prover serviços básicos como saneamento básico e eletricidade ficaram sob responsabilidade da tribo que não sabe como pagará pelas instalações.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?