IDH mundial cai por dois anos seguidos pela 1ª vez em três décadas
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mundial chegou a 0,732 em 2021. Dados são de relatório da ONU
atualizado
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Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta quinta-feira (8/9), aponta que, pela primeira vez em 32 anos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mundial caiu por dois anos seguidos, chegando a 0,732 em 2021 (quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho).
O índice caiu aos números de 2016 e, de acordo com o estudo, mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH entre 2020 e 2021. Além disso, mais de 40% das nações registraram queda nos dois anos, apontando que a crise segue se aprofundando ao redor do mundo.
O Brasil ocupa a posição 87 no ranking do IDH mundial, com 0,754 em 2021. A pontuação coloca o país na lista de nações com desenvolvimento humano elevado.
O estudo também aponta que país com o melhor índice é a Suíça, com IDH de 0,962, seguida pela Noruega e pela Islândia, que registraram IDG de 0,961 e 0,959, respectivamente. As nações lideram a lista de países com desenvolvimento humano muito elevado.
O ranking também lista nações com desenvolvimento humano médio e baixo. O último lugar é ocupado pelo Sudão do Sul, que está na 191ª posição. O IDH no país foi de 0,385 em 2021.
Quando analisados os dados por regiões do mundo, a Europa e a Ásia Central se destacam, com índice em 0,796. Em seguida, estão América Latina e Caraíbas, com 0,754.
As regiões com terceiro melhor índice são Ásia Oriental e Pacífico que, juntas, têm 0,749. Os Estados Árabes somam 0,708; a Ásia do Sul, 0,632; e a África Subsaariana, 0,547.
Pandemia e guerra
Segundo o relatório, a pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia são as principais causas do cenário de incerteza que o mundo enfrenta, atacando cadeias de abastecimento global, aumento o preço da energia, dos fertilizantes, das mercadorias e de outros bens.
A junção das duas crises tem transformado a situação em “uma catástrofe mundial iminente”, consta no relatório.
“Devido à confluência da guerra, da pandemia e do aumento das temperaturas, o secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, tem alertado repetidamente para uma prolongada crise alimentar mundial. Milhares de pessoas enfrentam a maior crise de custo de vida numa geração”, aponta o documento.