Hungria: ultradireitista Viktor Orbán vai para 5º mandato como premiê
Com 71% dos votos apurados, números apontam que o Fidesz, partido de Orbán, já havia conquistado 134 das 199 cadeiras no Parlamento húngaro
atualizado
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O premiê da Hungria, Viktor Orbán, 58 anos, foi reeleito neste domingo (3/4) e segue para o seu quinto mandato, sendo que o quarto consecutivo.
Com 71% dos votos apurados, os números apontam que o Fidesz, partido de Orbán, já havia conquistado 134 das 199 cadeiras no Parlamento húngaro, enquanto a oposição havia vencido 58 assentos.
No Twitter, Orbán comemorou a vitória antecipadamente: “Obrigado” e “Nós ganhamos”.
Veja:
Köszönjük! 🧡 pic.twitter.com/cScNJVmr7w
— Orbán Viktor (@orbanxviktor) April 3, 2022
Viktor Orbán é um dos expoentes da extrema-direita na Europa. Em seu país, ele criou e atualmente lidera o Fidesz, um partido nacional-conservador de direita, o maior partido político da Hungria. Orbán exerce o cargo de primeiro-ministro húngaro desde 2010. Ele já havia comandado o país em outra oportunidade, entre 1998 e 2002. Nesta passagem pelo cargo, Orbán tem sido acusado de levar o país a uma guinada autoritária.
O húngaro é formado em direito pela Universidade Eötvös Loránd, de Budapeste. Na Europa, ele é conhecido por suas visões majoritariamente conservadoras, nacionalistas e anti-imigração.
Imprensa e gays
No período que está no poder, foram apontadas deteriorações em instituições democráticas, em especial a imprensa. Orbán e empresários aliados compraram a maior parte dos veículos de mídia independente, que eram taxadas pelo premiê como propagadoras de fake news.
Orbán também foi acusado de aumentar a tributação para emissoras de TV e cortar anúncios do governo, além de ter adotado medidas para dificultar o acesso a informações públicas.
Em dezembro de 2020, o Parlamento húngaro aprovou uma lei que impede casais do mesmo sexo de adotarem crianças. O casamento gay é proibido no país, que aprovou uma emenda constitucional que define o casamento como uma instituição exclusiva entre homem e mulher. Sob Orbán, a Constituição húngara define que a “mãe é uma mulher e o pai é um homem”.