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Hospital em Gaza continua cercado e pacientes em UTI morrem

Tanques israelenses mantêm cerco ao hospital Nasser, que fica no sul da Faixa de Gaza, onde 10 mil deslocados estão abrigados

atualizado

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© OMS/Jehad Alshrafi
Homem ferido sendo tratado por médicos
1 de 1 Homem ferido sendo tratado por médicos - Foto: © OMS/Jehad Alshrafi

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa) informou que tanques israelenses continuam cercando o hospital Nasser, localizado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O local abriga aproximadamente 10 mil deslocados, incluindo 300 profissionais de saúde.

Neste domingo, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou em sua rede social que centro médico em Gaza não está mais funcionando, depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo.

Hospital sitiado

Em 16 de fevereiro, o Ministério da Saúde relatou que cinco pacientes da unidade de terapia intensiva faleceram devido à escassez de oxigênio, enquanto várias pessoas transferidas para um prédio dentro do Nasser enfrentavam carência de alimentos, água e fórmula infantil.

OMS não teve permissão para entrar no hospital de al-Nasser para avaliar as condições dos pacientes
OMS não teve permissão para entrar no Nasser para avaliar as condições dos pacientes
Tedros Ghebreyesus informou que a OMS não teve permissão para entrar no local para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de ter chegado ao complexo para entregar combustível com parceiros neste fim de semana.

Ainda há cerca de 200 pacientes no local. Pelo menos 20 precisam ser encaminhados com urgência a outros hospitais para receber cuidados médicos; o encaminhamento médico é um direito de todo paciente.

Ataques ao sul

A entidade observou que os conflitos em Khan Younis e proximidades nas últimas semanas resultaram na fuga de milhares de palestinos em direção ao sul, para a superlotada cidade de Rafah.

Simultaneamente, há relatos de movimentos de residentes de Rafah em direção aos campos de refugiados de Deir al-Balah e Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, devido à intensificação dos ataques aéreos no sul.

Suprimentos médicos de emergência são entregues a um hospital em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza
Suprimentos médicos de emergência são entregues a um hospital em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza

Em atualização sobre a situação, a Unrwa expressou preocupação com o aumento dos ataques aéreos em Rafah, temendo que isso possa dificultar ainda mais as operações humanitárias. A cidade atualmente abriga cerca de 1,5 milhão de pessoas, seis vezes mais do que antes de 7 de outubro.

Quanto à chegada de ajuda humanitária em Gaza, a Unrwa observou que o número de caminhões que entram na Faixa está muito aquém da meta de 500 por dia, devido às dificuldades para transportar suprimentos através de Kerem Shalom, fronteira com Israel, e Rafah, passagem com Egito.

Ajuda humanitária

O fornecimento regular de alimentos para atender à população continua prejudicado devido aos frequentes fechamentos de fronteiras. A insegurança alimentar ao norte de Wadi Gaza alcançou uma situação crítica, devido às restrições significativas ao acesso humanitário.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, 51% das missões planejadas pela Unrwa e parceiros humanitários para entrega de ajuda e avaliações em áreas ao norte de Wadi Gaza, desde o início de 2024 até 12 de fevereiro, foram impedidas de acesso pelas autoridades israelenses.

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