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Hong Kong: manifestantes derrubam grades e polícia solta bombas de gás

População foi às ruas mesmo após proibição da polícia; protestos deste sábado são marcados por uso de coquetéis molotov e jatos d’água

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Erik McGregor/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
Hundreds joined activist group New Yorkers Supporting Hong
1 de 1 Hundreds joined activist group New Yorkers Supporting Hong - Foto: Erik McGregor/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Os protestos em Hong Kong deste sábado (31/08/2019) estão sendo marcadas pelo confronto entre manifestantes e policiais. A população derrubou grades usadas para proteger o Parlamento e a sede do Poder Executivo do território. Os manifestantes também arremessam coquetéis motolov contra policiais, causando focos de incêndio pelas ruas.

O grupo também incendiou uma barricada montada por assentos de um estádio próximo em Wan Chai. As forças de segurança reagem com gás lacrimogêneo e jatos d’água.

A manifestação deste sábado estava proibida pelas forças policiais de Hong Kong e os organizadores chegaram a suspender as convocações, temendo possíveis confrontos e uma escalada da violência policial.

Há marchas ocorrendo em vários pontos do território além da sede dos poderes, como em Causeway Bay, área comercial e financeira de Hong Kong. Não há divulgação oficial do número de manifestantes, mas a imprensa internacional estima dezenas de milhares de pessoas nas ruas.

Repressão do governo chinês
Na última sexta-feira (30/08/2019), pelo menos vinte organizadores dos protestos foram detidos. Durante os protestos do último dia 25, as autoridades de Hong Kong usaram pela primeira vez jatos d’água para dispersar manifestantes, medida que causou revolta entre a população. O governo chinês, porém, garantiu que não haveria uma repetição do massacre da Praça da Paz Celestial.

Pequim alega que a onda de manifestações é “quase terrorista”. Os atos, que começaram em junho, passaram de pacíficos a marcados por confrontos entre a população e a polícia. O movimento começou contra um projeto de lei que autoriza as extradições de Hong Kong para a China.

Sem conseguir o retorno esperado de Carrie Lam, chefe do Executivo local, os manifestantes fecharam por cinco dias o aeroporto de Hong Kong, causando o cancelamento de centena de voos. A ação desencadeou uma reação da polícia, acusada de violência e abuso de autoridade.

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