Homem é baleado por policiais durante protestos em Hong Kong
Vítima foi atendida por agentes antes da chegada do serviço de emergência, que o encaminhou a um hospital
atualizado
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Um manifestante foi baleado no peito nesta terça-feira (01/10/2019) por um policial durante protestos em Hong Kong, segundo o jornal South China Morning Post. Atos são realizados no dia do aniversário de 70 anos da República Popular da China.
Uma fonte policial citada pela publicação confirmou que os agentes dispararam várias vezes a esmo no distrito de Tsuen Wan e que um dos tiros atingiu um homem. A justificativa para o disparo seria que o agente que atirou e a unidade haviam sido atacados durante os confrontos na cidade.
“Um agente atirou depois de ser atacado e o manifestante foi atingido no peito no distrito de Tsuen Wan”, afirmou a fonte, que não quis se identificar.
A vítima foi atendida por policiais antes da chegada do serviço de emergência, que o encaminhou a um hospital. Este é o primeiro manifestante baleado durante os protestos. Em agosto, a polícia efetuou disparos para o alto, mas ninguém foi atingido.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais é possível ver um jovem que se identifica como Tsang Chi-kin no chão, com sangue no peito. “Me dói o peito, me levem a um hospital. Preciso ir ao hospital”, pede ele.
Contatada pela agência de notícias Efe, a polícia disse estar verificando as informações.
Celebrações na China
Milhares de manifestantes foram às ruas nesta terça para protestar, mesmo sem autorização policial, para celebrar o que chamam de “dia de luto nacional”, enquanto a China comemora o 70º aniversário da fundação da República Popular.
Os protestos, que se converteram em massivas manifestações em junho em razão de um polêmico projeto de lei que previa extradições à China, são registrados há quatro meses na região semi-autônoma. As ações se transformaram em um movimento que busca melhorar os mecanismos democráticos que regem o território e uma oposição ao autoritarismo de Pequim.
Contudo, alguns manifestantes optaram por táticas mais radicais ao invés do protesto pacífico, e os enfrentamentos violentos com a polícia são quase diários.