Helicóptero usado para atacar sede do Supremo venezuelano é encontrado
Um agente da polícia científica venezuelana, chamado Oscar Pérez (foto) furtou o helicóptero e disparou contra os órgãos públicos
atualizado
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O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, informou nesta quarta-feira (28/6) que o helicóptero usado ontem para atacar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país foi localizado pelas autoridades em uma cidade do estado de Vargas, próximo a Caracas. Segundo ele, até o momento, não há detidos.
“Apesar das condições climáticas adversas, a nossa Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) localizou o helicóptero que foi empregado no dia de ontem em dois ataques terroristas a instituições do Estado venezuelano”, disse El Aissami em um contato telefônico com a emissora estatal VTV.
Segundo o governo, um agente da polícia científica venezuelana, chamado Oscar Pérez, furtou ontem um helicóptero com o qual sobrevoou as sedes do Ministério de Interior e do TSJ em Caracas, contra o qual lançou quatro granadas e realizou disparos.El Aissami explicou que a aeronave foi achada na cidade de Osma, no litoral central venezuelano, e “está neste momento sendo inspecionada” para sua posterior transferência a Caracas. Além disso, já que ninguém foi detido, agentes de segurança do Estado foram posicionados na região e foi solicitado “o acompanhamento do povo “nas investigações.
Segundo o vice-presidente, este achado mostra “a capacidade de reação imediata que tem o povo da Venezuela perante os ataques efetuados por um agente traidor. Vamos continuar agora mesmo desdobrando forças especiais em toda a área para determinar que outros movimentos ele pode ter feito e as possíveis cumplicidades”.
O ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, disse hoje que a Venezuela emitiu uma ordem de captura internacional contra Oscar Pérez. Para ele, os ataques de ontem tiveram como objeto “elevar a escalada golpista e a sua ofensiva insurrecional e a espiral de violência” que, no seu entender, foi convocada pela oposição venezuelana, a qual acusou de manter um “silêncio cúmplice” perante os incidentes.