Hamas confirma morte de 4 líderes do grupo em Gaza
O grupo extremista Hamas afirmou que israelenses mataram Ahmad Al Ghandour, comandante da Brigada do Norte, na Faixa de Gaza
atualizado
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O grupo extremista Hamas confirmou a morte de quatro comandantes militares na Faixa de Gaza. Um deles é Ahmad Al Ghandour, líder da Brigada do Norte.
A confirmação aconteceu neste domingo, no segundo dia do acordo de cessar-fogo entre o grupo e Israel.
Em comunicado, as Brigadas Ezzedine Al-Qassam disseram que Ahmed Al-Ghandour era membro do seu conselho militar. Outro nome confirmado pelo grupo foi o de Ayman Siyyam, chefe das unidades de lançamento de foguetes das Brigadas.
Ghandour – cujo nome de guerra era Abu Anas – foi listado pelos EUA em 2017 como um “terrorista global”, antigo membro do conselho Shura do Hamas e membro do seu gabinete político.
“Al Ghandour é membro do conselho militar e comandante da Brigada do Norte”, publicou em seu canal do Telegram a Brigadas Al Qassam.
No dia 17 de novembro, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que Al Ghandour havia realmente sido atingido em ataque. Porém, não havia a confirmação de sua norte.
Busca por líderes do Hamas no acordo de trégua
A busca por líderes do Hamas fez parte do acordo entre Israel e o grupo extremista que resultou no cessar-fogo. De acordo com o jornal francês Le Figaro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se comprometeu a não matar comandantes que residem no Catar.
O Catar é o principal mediador de paz entre os dois lados. O país teria recebido garantias de Israel de que a Mossad (órgão de inteligência e operação) não iria cometer assassinatos por lá.
Isso não significa que esses líderes não possam ser assassinados em outros lugares. Na quarta-feira passada (22/11), por exemplo, Netanyahu deu uma coletiva, ao lado do ministro da Defesa Yoav Gallant e do ministro Benny Gantz, afirmando com todas as letras ter instruído o Mossad a agir contra os comandantes.
“Não há compromisso no acordo de não agir numa trégua contra os líderes do Hamas, sejam eles quem forem”, afirmou o primeiro-ministro, sem citar a cláusula de ausência de ações no Catar.