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Hamas volta a agradecer posicionamento de Lula contra Israel

Após Lula afirmar que Israel continua “matando mulheres e crianças” em Gaza, grupo comentou novo posicionamento do presidente ao Metrópoles

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Ricardo Stuckert / Presidência da República
Imagem colorida mostra o presidente Lula fazendo um joinha - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o presidente Lula fazendo um joinha - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

O Hamas voltou a parabenizar o posicionamento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra as ações de Israel na Faixa de Gaza, que vive uma recente ofensiva em Rafah. Desde o início do conflito, em setembro do ano passado, o presidente brasileiro não poupou críticas às decisões do governo de Benjamin Netanyahu contra o enclave no Oriente Médio.

“O presidente Lula já condenou publicamente os crimes de guerra de Israel. O seu governo ainda se alinhou a instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça, que apela pelo fim do genocídio israelita em curso em Gaza”, afirmou o porta-voz do grupo Muslim Imran, em entrevista ao Metrópoles.

“Todos os palestinos apreciam essa posição”, disse.

A declaração do Hamas acontece no momento em que o governo Lula sobe o tom contra Israel. Nessa quarta-feira (29/5), a diplomacia brasileira ordenou a remoção do embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, que foi transferido para o cargo de representante especial na Conferência do Desarmamento em Genebra, na Suíça. 

Além disso, Lula voltou a criticar a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza no último fim de semana, durante evento em São Paulo.

Ao comentar sobre a guerra, que já se estende por mais de sete meses, o presidente brasileiro pediu solidariedade ao povo palestino e afirmou que o governo de Benjamin Netanyahu  “continua matando mulheres e crianças” na Faixa de Gaza.

Anteriormente, o Hamas já havia parabenizado uma fala do presidente brasileiro, quando Lula comparou as ações do governo de Benjamin Netanyahu contra os palestinos a de nazistas contra judeus durante o Holocausto.

“Acredito que o discurso do presidente [Lula] é poderoso e influente em falar do fato de que Israel é um Estado que comete crimes de genocídio”, disse um porta-voz do grupo na época. “Nós apreciamos muito a declaração.”

Guerra em Gaza

O número de palestinos mortos na Faixa de Gaza desde o início do conflito, que já dura mais de 233 dias, ultrapassou os 36 mil segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde local, governado pelo Hamas.

Além dos cerca de 1,2 mil mortos durante a invasão do Hamas ao território israelense, 635 soldados de Israel perderam a vida durante os combates na Faixa de Gaza.

Mais de 250 pessoas também foram sequestradas pelo grupo palestino em Israel e mais de 100 já foram libertadas durante negociações entre o governo de Benjamin Netanyahu e o Hamas. Autoridades de Israel ainda acreditam que cerca de 130 reféns – entre vivos e mortos – ainda estejam em Gaza.

 

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