Hamas libertou refém com cidadania russa neste domingo, afirma grupo
O comunicado do Hamas não dá detalhes sobre a identidade do refém, mas aponta que a libertação se deve à intervenção do presidente russo
atualizado
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O Hamas anunciou ter libertado, neste domingo (26/11), uma pesssoa de cidadania russa. O grupo confirmou a soltura por meio do canal do Telegram das Brigadas Al-Qassam, braço militar do Hamas.
O comunicado não dá detalhes sobre a identidade do refém, mas aponta que a libertação se deve à intervenção do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A mensagem ainda informa que o refém foi entregue ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
À agência de notícias russa Tass, o porta-voz do Hamas Taher al-Nunu afirmou que a libertação se deve “aos esforços do presidente russo Vladimir Putin e em reconhecimento da posição da Rússia em apoio à Palestina”.
No ataque a Israel no último dia 7 de outubro, o Hamas teria capturado duas mulheres com cidadania russa.
Lista de reféns do Hamas
O governo do Egito confirmou ter recebido uma lista com nomes de 13 reféns israelenses que devem ser libertados pelo grupo extremista Hamas neste domingo (26/11). O documento também prevê que Israel solte 39 prisioneiros palestinos.
O chefe do Serviço Estatal de Informação do Egito, Diaa Rashwan, confirmou a informação e afirmou que a trégua no conflito seguirá para o terceiro dia “sem impedimentos”.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou a entrega da lista, mas sem dar detalhes da quantidade de reféns. O documento foi verificado por autoridades de segurança e as famílias dos reféns foram informadas.
Duas levas de libertações
Na noite de sábado (25/11), após um impasse que durou horas, o Hamas entregou 17 reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Faziam parte do grupo 13 israelenses e quatro estrangeiros.
O atraso na libertação ocorreu após os extremistas acusarem Israel de não cumprir parte do acordo firmado para a liberação dos presos e de dificultar a entrada de caminhões com ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.
Além disso, representante do Hamas acusou militares israelenses de atirarem em palestinos que voltavam para casa em Gaza, o que teria levado duas pessoas à morte.
Na sexta-feira (24/11), primeiro dia da trégua, 24 pessoas ganharam a liberdade. Dessas, 13 são mulheres e crianças israelenses, como acordado na trégua de quatro dias entre o grupo extremista e Israel, além de 10 tailandeses e um filipino, que deixaram o cativeiro após negociações com os governos de seus países.
O acordo estabelecido entre Israel e Hamas prevê a libertação de um grupo de 50 israelenses capturados pelo Hamas, enquanto Israel se compromete a uma trégua de quatro dias e a libertar 150 prisioneiros palestinos.
O Egito indicou que a trégua entre Israel e o Hamas pode ser estendida em mais um ou dois dias além do previsto. A medida garantiria a libertação de mais reféns israelenses e prisioneiros palestinos do que estava planejado.