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Hamas diz que libertará os estrangeiros reféns em Gaza: “Convidados”

O grupo disse manter entre 200 e 250 sequestrados e alegou ter matado 22 israelenses. Israel havia contabilizado 199 reféns

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Foguetes são disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel durante o pôr do sol - Metrópoles
1 de 1 Foguetes são disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel durante o pôr do sol - Metrópoles - Foto: Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images

O Al Qassam, uma brigada do grupo extremista Hamas, anunciou, nesta segunda-feira (16/10), planos de libertar todos os reféns estrangeiros mantidos na Faixa de Gaza. Abo Obaida fez o pronunciamento pelo Telegram.

“Libertaremos todos os estrangeiros mantidos em cativeiro em Gaza, porque não tivemos tempo de checar suas identidades na captura. Nós os consideraremos convidados até que a situação permita a libertação”, afirmou. Os cidadãos foram sequestrados a partir dos ataques do Hamas no dia 7 deste mês, quando foi reiniciado o conflito armado do grupo com o país do Oriente Médio.

A mensagem do Al Qassam culpou Israel pela demora em soltar os sequestrados ao dizer não ter conseguido contar quantos israelenses estão reféns, “porque Israel tem bombardeado sem parar” a região.

Apesar disso, o grupo disse manter entre 200 e 250 sequestrados, que não tiveram a nacionalidade checada, e alegou ter matado 22 israelenses. “O último, há dois dias, o artista israelense Guy llouz”, segundo o comunicado. O país do Oriente Médio havia notificado 199 reféns na Faixa de Gaza.

Autoridades de Israel já teriam identificado a maioria dos reféns capturados pelo Hamas, que ameaçou matar um sequestrado a cada contraofensiva. De acordo com o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o grupo extremista levou muitos idosos, crianças e mulheres.

A mensagem do Al Qassam indicou que poderiam ocorrer mais execuções: “Estrangeiros servindo ao Exército de Israel serão tratados como soldados”.

Crise e ajuda brasileira

Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que restam “24 horas de água, eletricidade e combustível” em Gaza. Depois disso, “uma verdadeira catástrofe” vai se instalar na região. Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, pediu autorização para a entrada de comboios de ajuda. As Nações Unidas (ONU) também se mobilizaram por corredores humanitários.

O governo brasileiro enviou 40 purificadores de água, dois kits com remédios e outros suprimentos de saúde para atender até 3 mil pessoas na Faixa de Gaza, em meio à crise humanitária da região.

Os kits médicos têm anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, luvas e seringas. Eles poderão ser utilizados para atender a população em Gaza, onde os hospitais estão sobrecarregados. Já os purificadores poderão tratar até 220 mil litros de água por dia.

Na volta, prevista para a madrugada de quinta-feira (19/10), a aeronave responsável por levar os suprimentos trará mais repatriados ao Brasil. Cinco viagens de resgate do governo foram realizadas e trouxeram para o país 916 pessoas e 24 pets.

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