Compartilhar notícia
O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas anunciou nesse sábado (23/11) a morte, numa zona de combate no norte da Faixa de Gaza, de uma refém raptada durante os ataques de 7 de outubro a Israel. A informação não foi confirmada pelo Exército israelense.
Em comunicado, Abou Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedine al-Qassam, indicou que a retomada dos contatos, interrompidos há várias semanas, com os guardas dos reféns permitiu apurar que a refém foi morta numa zona das operações do Exército israelense no norte do território palestino.
Não foram fornecidos detalhes sobre a data e o local, a identidade da vítima ou as circunstâncias de sua suposta morte. O Exército israelense disse que estava investigando e que não poderia confirmar nem negar a informação de momento.
Referindo-se a um vídeo publicado pelo Hamas que pretendia mostrar a refém morta, o Exército disse que estava “em contato com a sua família e mantendo-os informados com todas as notícias disponíveis”.
Abou Obeida esclareceu que a vida de outro refém detido com a suposta vítima também estava em perigo e atribuiu a responsabilidade ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao seu governo e ao seu Exército.
Durante o ataque dos comandos do Hamas em 7 de outubro de 2023, 251 pessoas foram raptadas em solo israelense. Um total de 97 reféns permanecem em Gaza.
Única trégua
Uma trégua em novembro de 2023, a única desde o início da guerra, permitiu a libertação de mais de 100 reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
Independentemente do anúncio não confirmado das Brigadas Ezzedine al-Qassam, 10 mulheres estão entre os reféns, incluindo 5 soldadas, segundo uma contagem da AFP.
Em guerra com o Hamas há mais de um ano, as forças israelenses lançaram uma operação terrestre em grande escala no norte da Faixa de Gaza em 6 de outubro para, segundo eles, impedir que os combatentes do movimento islâmico palestino reconstituíssem suas forças.
O “Fórum de Famílias Reféns”, um coletivo criado em 8 de outubro de 2023, disse que por enquanto não faria comentários sobre o caso. “Não sabemos nada além do que o Hamas diz. Nossa única fonte confiável é o Exército israelense”, disse um porta-voz à AFP.
Por sua vez, Netanyahu anunciou na terça-feira (19/11) uma recompensa de US$ 5 milhões para quem trouxer de volta um refém detido em Gaza.