Hamas acusa Israel de matar centenas em fila; Biden vê trégua em risco
Israel alega que as mortes aconteceram em decorrência da correria de palestinos para os caminhões com ajuda humanitária em Gaza
atualizado
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O grupo Hamas acusou o governo de Israel de matar mais de 100 pessoas, nesta quinta-feira (29/2), durante a distribuição de comida e ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo autoridades locais, os soldados israelenses teriam disparado contra a população palestina.
As Forças de Israel informaram, em nota, que as mortes aconteceram em decorrência de empurra-empurra e pisoteio quando civis tentavam pegar itens básicos dos caminhões.
“Nesta manhã, caminhões de ajuda humanitária entraram no norte de Gaza. Os residentes cercaram os caminhões e saquearam os mantimentos entregues. Como resultado de empurrões, correria e atropelamentos dos caminhões, dezenas de habitantes de Gaza foram mortos e feridos”, alegaram os militares de Israel.
Confira:
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 104 pessoas morreram e 760 ficaram feridas durante a entrega de ajuda humanitária.
Cessar-fogo sob risco
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avaliou que as mortes de palestinos perto de caminhões de ajuda humanitária dificultam as negociações por um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
“Estamos verificando isso agora, há duas versões concorrentes do que aconteceu. Ainda não tenho uma resposta”, afirmou o líder norte-americano a jornalistas na Casa Branca.
Confronto entre Israel e o Hamas
As tensões na Faixa de Gaza se intensificaram depois que integrantes do Hamas invadiram o território israelense, mataram mais de 1,2 mil pessoas e fizeram outros 240 reféns, em 7 de outubro de 2023. O ataque terrorista gerou repercussão em todo o mundo.
As Forças de Israel responderam com aumento dos ataques aéreos e terrestres contra o território palestino. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 30 mil pessoas morreram em Gaza.