Haiti anuncia morte e prisão de suspeitos de assassinar presidente
Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi morto na noite de terça-feira (6/7), em sua residência particular
atualizado
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A polícia haitiana prendeu, na noite desta quarta-feira (7/7), dois suspeitos de assassinar o presidente do país, Jovenal Moïse. A informação foi divulgada pelo vice-ministro das Comunicações, Frantz Exantus, nas redes sociais.
“Suspeitos de assassinar o presidente Jovenal Moïse foram interceptados pela Polícia Nacional em peregrinação, pouco antes das 6h desta noite”, publicou Exantus. Um porta-voz do governo local afirmou, ainda, que outras quatro pessoas acusadas de envolvimento no crime teriam sido mortas. Todos eram estrangeiros, segundo investigações.
O vice-ministro das Comunicações do país lamentou o assassinato. “A democracia e o povo haitiano acusaram esse golpe fatal. Condolências à esposa ferida na circunstância e a todos os afetados por este crime hediondo”, afirmou.
Ainda nas redes sociais, Exantus anunciou que o governo decretou estado de sítio e que a bandeira nacional ficará hasteada a meio mastro durante 15 dias, em memória ao presidente assassinado.
Des présumés assassins du Pdt @moisejovenel interceptés par la Police nationale à pélérin peu avant 6h ce soir. Plus de détails dans les prochaines minutes sur la TNH.
— Frantz Exantus (@FrantzExantusHT) July 7, 2021
Assista ao vídeo do momento da invasão:
Crime
Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi morto na noite de terça-feira (6/7), em sua residência particular. A informação foi dada pelo primeiro-ministro interino Claude Joseph, nesta quarta-feira.
O primeiro-ministro afirma que um grupo de indivíduos não identificados atacou a residência particular do presidente haitiano, durante a noite, e o matou a tiros.
Nos últimos anos, a capital haitiana, Porto Príncipe, vinha sofrendo um aumento na violência, enquanto gangues lutavam entre si e contra a polícia, pelo controle das ruas. Nesse cenário, o país também lida com o empobrecimento.
A oposição, por sua vez, era crítica ao fato de Moïse governar o Haiti sem o controle do Legislativo, desde o ano passado. Já o presidente dizia que ficaria no cargo até o dia 7 de fevereiro de 2022.