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Hage Geingob, presidente da Namíbia, morre aos 82 anos

Hage Geingob fazia tratamento contra câncer. Nangolo Mbumba assume como presidente interino e pede “calma” ao país

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Hage Geingob, presidente da Namíbia morto durante tratamento contra câncer
1 de 1 Hage Geingob, presidente da Namíbia morto durante tratamento contra câncer - Foto: Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images

Hage Geingob, presidente da Namíbia, morreu na manhã deste domingo (4/2) em um hospital de Windhoek, capital do país. Ele tinha 82 anos e fazia tratamento contra um câncer.

Com a morte dele, a Namíbia deve organizar eleições presidenciais e para a Assembleia Nacional até o fim do ano. Interinamente, Nangolo Mbumba fica no comando do país.

Geingob, que cumpria seu segundo mandato, descobriu a doença em janeiro deste ano, durante exames médicos de rotina.

“É com a maior tristeza e pesar que informo que o nosso querido Dr. Hage Geingob, o presidente da república da Namíbia, faleceu hoje”, comunicou Nangolo Mbumba.

Mbumba informou que o presidente estava ao lado da esposa, Monica Geingob, e os filhos. Hage foi casado três vezes, em 1967, 1993 e 2015, e teve três filhos.

A saúde de Geingob se mostrava frágil há mais de 10 anos. Em 2013, ele passou por uma cirurgia cerebral e, em 2023, foi submetido a uma operação no coração.

“Neste momento de mais profunda tristeza, apelo à nação para que permaneça calma e serena enquanto o governo atende a todos os arranjos estatais, preparativos e outros protocolos necessários”, escreveu Mbumba.

A vida de Hage Geingob

Geingob nasceu em uma aldeia no norte da Namíbia em 1941, vindo do grupo étnico Ovambo, de onde vem mais da metade da população. Na juventude e início da vida adulta, dividiu a residência entre Botswana e Estados Unidos.

Não foi uma escolha dele. Ativista contra o apartheid na África do Sul, país que governava a Namíbia então, Geingob acabou sendo banido para o exílio.

Do exterior, continuou sua luta contra o apartheid e pela independência de seu país. Um dos líderes do Swapo, movimento de libertação local, ele se tornou primeiro-ministro em 1990 e, depois, em 2014, foi escolhido como presidente.

Também acabou sendo alvo de críticas por recessão, desemprego alto e denúncias de corrupção. Mesmo assim, foi reeleito em 2019.

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