Guillermo Lasso, candidato da direita, é eleito presidente do Equador
Lasso venceu a disputa de segundo turno contra o economista de esquerda Andrés Arauz, aliado do ex-presidente Rafael Correa
atualizado
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O ex-banqueiro e candidato da direita Guillermo Lasso venceu o adversário Andrés Arauz na disputa de segundo turno de domingo (11/4) e tornou-se presidente do Equador.
Aliado do ex-presidente Rafael Correa, Arauz reconheceu a derrota quando a apuração chegou a 93,27% das atas. Lasso tinha 52,51% dos votos válidos, contra 47,49% obtidos por Arauz.
O candidato disse que ligaria para o rival para felicitá-lo pela vitória, a fim de demonstrar suas “convicções democráticas”.
A posse do novo presidente, que vai substituir Lenin Moreno, vai ocorrer em 24 de maio.
No primeiro turno, em fevereiro, Arauz ficou em primeiro lugar, com 32,7%, contra 19,74% de Lasso e 19,39% do advogado Yaku Pérez, candidato do movimento indígena Pachakutik.
Pérez alegou fraude para afastá-lo da disputa final e pediu uma recontagem da maior parte dos votos, que foi negada pelo Conselho Eleitoral.
A coalizão de Lasso ganhou apenas 31 cadeiras no Congresso, enquanto a Aliança União pela Esperança, de Arauz, tem 49, e a Esquerda Democrática, do ex-candidato presidencial Xavier Hervas, elegeu 18 deputados.
Crise econômica
O Equador está mergulhado numa grave crise econômica — em 2020, o PIB despencou 8,9% — e sanitária — os casos de infecção por Covid-19 atingiram 345 mil, e os óbitos, 17.275.
O atual governo do presidente Moreno é rejeitado por cerca de 80% da população. Moreno, que foi vice-presidente de Correa, venceu em 2017 com o respaldo do então presidente, mas acabou se distanciando e até mesmo promovendo a perseguição de membros do governo anterior.