Guerra no Líbano: EUA ampliam presença militar no Oriente Médio
O Pentágono anunciou o reforço na região após o assassinato do líder do Hezbollah devido ao medo de uma possível retaliação
atualizado
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Os Estados Unidos anunciaram, neste domingo (29/9), que ampliarão a atuação de seu Exército no Oriente Médio, aumentando a capacidade de suporte aéreo e colocando tropas em estado de prontidão elevado para um possível envio a região. As informações são da agência de notícias Reuters.
A decisão foi tomada após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, sob o argumento de que uma possível retaliação do grupo xiita e de seu aliado Irã podem ter consequências graves para a região.
O anúncio é feito dois dias depois do presidente dos EUA, Joe Biden, demandar que o Pentágono ajustasse a postura das tropas americanas na região.
“Os Estados Unidos estão determinados a impedir que o Irã e seus parceiros e proxies expandam o conflito. Se esses grupos usarem esse momento para atacar o pessoal ou os interesses americanos na região, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender o nosso povo”, disse Major General Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, em comunicado.
Na segunda-feira (23/9), os EUA anunciaram o envio de um “pequeno número” de tropas adicionais ao Oriente Médio “por questões de segurança operacional”. Patrick Ryder disse que não poderia fornecer mais detalhes, porém, segundo ele, a manobra estava sendo feita “com muita cautela”.
Em abril deste ano, o governo norte-americano ajudou a interceptar centenas de mísseis e drones balísticos lançados pelo Irã contra Israel. O bombardeio foi uma resposta ao ataque realizado contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria.
Biden e Netanyahu
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, neste domingo, que irá conversar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para evitar que uma “guerra total” no Oriente Médio aconteça.
Os ataques israelsens ao Líbano, neste domingo, segundo dados do Ministério da Saúde do Líbano, matou 105 pessoas e deixou 359 feridas.
Dados oficiais do Líbano reportam que entre 16 e 27 de setembro, o conflito entre Israel e o Hezbollah deixou cerca de mil mortos no país, incluindo 56 mulheres e 87 crianças. Outras 6 mil pessoas ficaram feridas.