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Crise venezuelana é tema de reunião do conselho de segurança da ONU

Para o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, está na hora de as nações escolherem um lado

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O confronto político da Venezuela mudou-se para a ONU neste sábado (26/1), quando uma reunião do Conselho de Segurança, convocada pelos EUA, colocou frente a frente apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do autodeclarado presidente interino do país, Juan Guaidó, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Pompeo tem defendido que todas as nações apoiem o povo venezuelano enquanto tentam se libertar do que ele chama de “estado ilegítimo da máfia” de Nicolas Maduro. Durante a reunião, afirmou que “a situação humanitária exige ação agora”.

O secretário de Estado dos EUA citou que nove entre 10 cidadãos venezuelanos vivem na pobreza e 3 milhões foram forçados a fugir de sua terra natal, o que, segundo ele, tem ameaçado a paz e a segurança internacionais.

Pompeo acusou a Rússia e a China de tentar “sustentar Maduro enquanto ele está em apuros, “na esperança de recuperar bilhões de dólares em investimentos mal avaliados e assistência feita ao longo dos anos”.

Ele acrescentou que nenhum país fez mais para sustentar “a condição de pesadelo do povo venezuelano” do que Cuba, que, de acordo com ele, enviou profissionais de segurança e inteligência para apoiar Maduro.

Para o secretário de Estado norte-americano, está na hora de as nações escolherem um lado. Em suas palavras, “ou você está com as forças da liberdade, ou você está em aliança com Maduro e seu caos”.

Pablo Neruda
A sessão com foco na crise da Venezuela acontece um dia depois de Guaidó ter prometido permanecer nas ruas até que seu país tenha um governo de transição, enquanto Maduro acusou seus oponentes de orquestrar um golpe.

“Eles podem cortar uma flor, mas nunca impedirão a chegada da primavera”, disse Guaidó a simpatizantes nesta sexta-feira, aludindo a uma frase semelhante do poeta chileno Pablo Neruda.

Em coletivas de imprensa diferentes, Guaidó pediu aos seus seguidores que fizessem outros protestos na próxima semana, enquanto Maduro defendia o diálogo. Cada homem parecia pronto para defender sua reivindicação à presidência, não importando o custo, com Guaidó dizendo aos partidários que, se ele fosse preso, eles deveriam “permanecer no rumo” e protestar pacificamente.

Mas o impasse pode levar a mais violência e mergulhar a conturbada Venezuela em um novo capítulo de turbulência política que grupos de direitos humanos dizem que já deixou mais de duas dúzias de mortos.

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