Guaidó desafia Maduro com marcha em direção a quartéis na Venezuela
Opositores querem exigir que Forças Armadas deixem de apoiar Nicolás Maduro; ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Venezuela se reunirão neste domingo
atualizado
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Opositores convocados pelo líder Juan Guaidó marcham neste sábado (04/05/2019), em direção aos principais quartéis venezuelanos para exigir que as Forças Armadas deixem de apoiar o presidente Nicolás Maduro, após a fracassada rebelião de terça-feira.
Os manifestantes tentarão fazer uma proclamação aos militares para que apoiem um governo de transição liderado por Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.
O líder da oposição, que liderou o levante junto com outro nome importante do movimento, Leopoldo López – libertado pelos insurgentes de sua prisão domiciliar -, enfatizou a natureza pacífica das manifestações.
Os distúrbios de terça-feira e os protestos contra Maduro na quarta deixaram cinco mortos e mais de 200 feridos, segundo a ONU.
Moscou e Caracas
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e da Venezuela, Jorge Arreaza, se reunirão neste domingo em Moscou, informou nesta manhã o governo russo. “No domingo, 5 de maio, os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Venezuela participarão de conversas em Moscou”, disse um porta-voz da chancelaria russa citado pela agência oficial TASS.
Os dois ministros conversarão sobre o desenvolvimento da situação na Venezuela após as tentativas da oposição de fazer com que as forças armadas do país caribenho se voltassem contra o governo de Maduro.
A Rússia, um dos principais aliados de Maduro no exterior, se opõe de maneira categórica a qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos da Venezuela, enquanto os Estados Unidos não descartam uma intervenção militar.
A situação na Venezuela foi um dos temas que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, abordaram em uma conversa telefônica na sexta-feira.
De acordo com o Kremlin, Putin disse a Trump que a ingerência externa e as tentativas de mudança de poder pela força apenas pioram a situação e deixam ainda mais distante uma solução pacífica para a crise no país sul-americano.