Grupos pró e contra o aborto tomam frente da Suprema Corte dos EUA
Manifestações ocorrem após vazamento de minuta que mostra derrubada iminente de lei que autoriza o procedimento médico no país
atualizado
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Após o vazamento da minuta assinada por membros da Suprema Corte norte-americana para derrubar a lei que autoriza o aborto no país, centenas de manifestantes e reuniram em frente à instituição, em Washington D.C, para protestar.
As manifestações ocorreram durante a noite de segunda-feira (2/5) e a madrugada desta terça-feira (3/5), e foram marcadas por grupos favoráveis e contrários ao aborto.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram um grande grupo de manifestantes com cartazes, entoando os gritos: “Aborto é questão de saúde” e “Quando o direito ao aborto está sob ataque, o que fazemos? Levantamos e lutamos”.
Também houve gritos de religiosos: “Pró escolha, isso é mentira. Bebês nunca escolheram morrer”. De acordo com o jornal Washington Post, apesar da participação de grupos opositores, não houve conflitos.
Assista:
Vazamento da minuta
O vazamento da minuta foi publicado primeiramente pelo site Politico, na noite de segunda-feira. O documento é assinado pelo juiz Samuel Alito, com data de 10 de fevereiro, e teria circulado pelo tribunal antes de ser obtida pelo veículo de comunicação.
A decisão, caso se confirme, reverteria a jurisprudência estabelecida em 1973, no caso Roe versus Wade. Na ocasião, o júri concluiu que, nos Estados Unidos, o acesso ao aborto é um direito constitucional da mulher até a 28ª semana de gestação. Em 1992, a lei foi alterada para 24 semanas, no caso Planned Parenthood versus Casey.
A maioria dos juízes da Suprema Corte norte-americana é composta por conservadores, promessa feita por Trump ainda em sua primeira campanha para a Presidência do país. Por sua vez, o vazamento de um documento de opinião da Suprema Corte é algo sem precedentes nos Estados Unidos.
A decisão, no entanto, não é final e ainda deve passar por modificações até sua apresentação formal, em cerca de dois meses, segundo o site. Caso aprovada, o impacto direto seria derrubar a garantia federal ao aborto e determinar que cada estado defina a sua política sobre o assunto.
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